quarta-feira, 18 de março de 2015

O PASSARINHO...

Prezados, Boa Quarta  !
Multiplicando
At
Cherris Furtado
..................


From: champenho
O PASSARINHO...
Date: Sun, 15 Mar 2015 16:12:56 +0800

Motociclista a 140 km/h numa estrada!...
De repente deu de encontro com um passarinho e não conseguiu esquivar-se: Ahhhh !!!

Pelo retrovisor, ainda viu o bichinho dando várias piruetas no asfalto até ficar estendido. Não contendo o remorso ecológico, ele parou a moto e voltou para socorrer o bichinho.

O passarinho estava lá, inconsciente, quase morto. Era tal a angústia do motociclista que ele recolheu a pequena ave, levou-a ao veterinário, foi tratada e medicada, comprou uma gaiolinha e levou-a para casa, tendo o cuidado de deixar um pouquinho de pão e água para o acidentado.

No dia seguinte, o passarinho recupera a consciência. Ao despertar, vendo-se preso, cercado por grades, com um pedaço de pão e a vasilha de água no canto, o passarinho põe as asas na cabeça e grita:
FODA-SE; ESTOU LIXADO...

... MATEI O GAJO DA MOTA!

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

 

De: MARTINS

Data: 03/18/15 16:09:12

O exército religioso do Edir Macedo!

Já circulam na internet muitos vídeos impressionantes, que mostram muitos jovens marchando fardados e em posição de ordem em um templo religioso de uma igreja evangélica. No vídeo, eles recebem comandos de um suposto bispo da igreja, e respondem “o altar” a perguntas como “o que é que vocês querem?”. Até a representação de um ‘escudo militar’ com a sigla G.A (Gladiadores do Altar) é utilizada pelo grupo.

"Exército                                              religioso" no Brasil.                                              Isso não é   impressionante?

“Exército religioso” no Brasil. Isso não é impressionante?

Muitas pessoas estão começando agora a se preocupar com uma possível ‘ditadura evangélica’ no Brasil.

Segundo algumas pessoas, a criação de um exército religioso sob comando de um grupo limitado de pastores da Igreja Universal teria semelhança com o Estado Islâmico, cujas práticas principais são dominar o mundo e aniquilar todas as religiões que não sejam a deles.

Não duvido que o plano estratégico do Edir Macedo seja treinar esses caras e efetivamente fazer um exército, mas para garantir a integridade das igrejas dele no Oriente. Sabe-se que muitas igrejas evangélicas foram destruídas pelos Muçulmanos em conflitos. Na Líbia, principalmente.

Sem ter governo para recorrer, a solução viável seria constituir sua própria milícia, tal como fez a Máfia Colombiana nos anos 80, afim de assegurar os seus “negócios” com a cocaína.

Gladiadores do   Altar

Hoje Gladiadores do Altar. Amanhã o Bope da Universal…

Mas uma vez construído seu próprio “exército”, ele te dá poder.

E fica a dúvida sobre como seria exercido este poder religioso no Brasil. Sobretudo num país onde lideres religiosos gozam de tamanho prestígio que tem passaporte diplomático, canais de Tv, alguns são acusados de aproximação perigosa com o narcotráfico e todos eles não pagam nenhum tostão de imposto sobre as montanhas de dinheiro arrecadadas diariamente de seus fiéis.

À sombra dos grupos intolerantes que vão adquirindo cada vez mais poder, constroem bancadas no governo e até financiam políticos, há uma sensação gradual de insegurança que se espalha no país.

Hoje pode ser só mais uma papagaiada da Igreja que cria réplica da Arca da Aliança, constrói imitação do Templo de Salomão e cujo líder máximo é um cara que já foi até preso por estelionato…

Mas amanhã, será que essa “inovação” será controlável? Será que não estamos alimentando as primeiras células de um câncer que tragará este país?

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As imagens dos idiotas religiosos destruindo estátuas Assírias de 8000 anos nos museus do Iraque chocou o mundo, mas pouco se fala nas ações deliberadas de grupos religiosos que pregam a intolerância, e seguindo suas próprias ideias, invadem e destroem outros templos religiosos, como igrejas católicas e em um expressivo número de casos, terreiros de umbanda.

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Você acha muito diferente o fato de um evangélico doutrinado a achar que somente a religião dele é a certa se convencer que deve destruir todos os símbolos das demais religiões e o sujeito do Estado Islâmico que resolve destruir os símbolos antigos da civilização mesopotâmica? Eu acho que são coisas diferentes sim, mas elas tem um elo em comum, que é a estupidez.

Nunca duvide da capacidade humana para a estupidez.

Voltando à questão dos Exércitos religiosos desse país, qual será a medida do controle dessas pessoas se eles começarem a usar o poder financeiro e quase ilimitado das religiões que pululam no Brasil para impor seu sistema de crenças na base da porrada?

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Cenas do Exército religioso da Universal

Cenas do congresso                                              Nazista em   Nuremberg,                                              1938.

Cenas do congresso Nazista em Nuremberg, 1938

Há uma assustadora semelhança, não acha?
Todas as vezes que alguém conclamar as pessoas a “Lutar em Nome de Deus”, pode esperar, que cedo ou tarde, vai dar merda. E do mesmo jeito, o risco de converter militância em milícia é enorme, e dará o mesmo malcheiroso resultado.

 

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Quem escreveu a Bíblia? Fonte: O Globo em 17/mar/2015.

 

De: MARTINS

Data: 17/03/2015 16:34:11

Quem escreveu a Bíblia?

De: GLOBO
Data: 17 de março de 2015 13:02

Quem escreveu a Bíblia?

Texto José Francisco Botelho

A história de Deus foi escrita pelos homens.

Mas quem é o autor do livro mais influente de todos os tempos?

As respostas são surpreendentes, e vão mudar sua maneira de ver as Escrituras! 

(VIDE-ANEXO)

Texto José Francisco Botelho

A história de Deus foi escrita pelos homens.

Mas quem é o autor do livro mais influente de todos os tempos?

As respostas são surpreendentes - e vão mudar sua maneira de ver as Escrituras.  

Em algum lugar do Oriente Médio, por volta do século 10 a.C., uma pessoa decidiu escrever um livro. Pegou uma pena, nanquim e folhas de papiro (uma planta importada do Egito) e começou a contar uma história mágica, diferente de tudo o que já havia sido escrito. Era tão forte, mas tão forte, que virou uma obsessão. Durante os 1 000 anos seguintes, outras pessoas continuariam reescrevendo, rasurando e compilando aquele texto, que viria a se tornar o maior best seller de todos os tempos: a Bíblia. Ela apresentou uma teoria para o surgimento do homem, trouxe os fundamentos do judaísmo e do cristianismo, influenciou o surgimento do islã, mudou a história da arte – sem a Bíblia, não existiriam os afrescos de Michelangelo nem os quadros de Leonardo da Vinci – e nos legou noções básicas da vida moderna, como os direitos humanos e o livre-arbítrio. Mas quem escreveu, afinal, o livro mais importante que a humanidade já viu? Quem eram e o que pensavam essas pessoas? Como criaram o enredo, e quem ditou a voz e o estilo de Deus? O que está na Bíblia deve ser levado ao pé da letra, o que até hoje provoca conflitos armados? A resposta tradicional você já conhece: segundo a tradição judaico-cristã , o autor da Bíblia é o próprio Todo-Poderoso. E ponto final. Mas a verdade é um pouco mais complexa que isso.

A própria Igreja admite que a revelação divina só veio até nós por meio de mãos humanas. A palavra do Senhor é sagrada, mas foi escrita por reles mortais. Como não sobraram vestígios nem evidências concretas da maioria deles, a chave para encontrá-los está na própria Bíblia. Mas ela não é um simples livro: imagine as Escrituras como uma biblioteca inteira, que guarda textos montados pelo tempo, pela história e pela fé. Aliás, o termo “Bíblia”, que usamos no singular, vem do plural grego ta biblia ta hagia – “os livros sagrados”. A tradição religiosa sempre sustentou que cada livro bíblico foi escrito por um autor claramente identificável. Os 5 primeiros livros do Antigo Testamento (que no judaísmo se chamam Torá e no catolicismo Pentateuco) teriam sido escritos pelo profeta Moisés por volta de 1200 a.C. Os Salmos seriam obra do rei Davi, o autor de Juízes seria o profeta Samuel, e assim por diante. Hoje, a maioria dos estudiosos acredita que os livros sagrados foram um trabalho coletivo. E há uma boa explicação para isso.

As histórias da Bíblia derivam de lendas surgidas na chamada Terra de Canaã, que hoje corresponde a Líbano, Palestina, Israel e pedaços da Jordânia, do Egito e da Síria. Durante séculos acreditou-se que Canaã fora dominada pelos hebreus. Mas descobertas recentes da arqueologia revelam que, na maior parte do tempo, Canaã não foi um Estado, mas uma terra sem fronteiras habitada por diversos povos – os hebreus eram apenas uma entre muitas tribos que andavam por ali. Por isso, sua cultura e seus escritos foram fortemente influenciadas por vizinhos como os cananeus, que viviam ali desde o ano 5000 a.C. E eles não foram os únicos a influenciar as histórias do livro sagrado.

As raízes da árvore bíblica também remontam aos sumérios, antigos habitantes do atual Iraque, que no 3o milênio a.C. escreveram a Epopéia de Gilgamesh. Essa história, protagonizada pelo semideus Gilgamesh, menciona uma enchente que devasta o mundo (e da qual algumas pessoas se salvam construindo um barco). Notou semelhanças com a Bíblia e seus textos sobre o dilúvio, a arca de Noé, o fato de Cristo ser humano e divino ao mesmo tempo? Não é mera coincidência. “A Bíblia era uma obra aberta, com influências de muitas culturas”, afirma o especialista em história antiga Anderson Zalewsky Vargas, da UFRGS.

Foi entre os séculos 10 e 9 a.C. que os escritores hebreus começaram a colocar essa sopa multicultural no papel. Isso aconteceu após o reinado de Davi, que teria unificado as tribos hebraicas num pequeno e frágil reino por volta do ano 1000 a.C. A primeira versão das Escrituras foi redigida nessa época e corresponde à maior parte do que hoje são o Gênesis e o Êxodo. Nesses livros, o tema principal é a relação passional (e às vezes conflituosa) entre Deus e os homens. Só que, logo no começo da Beeblia, já existiu uma divergência sobre o papel do homem e do Senhor na história toda. Isso porque o personagem principal, Deus, é tratado por dois nomes diferentes.

Em alguns trechos ele é chamado pelo nome próprio, Yahweh – traduzido em português como Javé ou Jeová. É um tratamento informal, como se o autor fosse íntimo de Deus. Em outros pontos, o Todo-Poderoso é chamado de Elohim, um título respeitoso e distante (que pode ser traduzido simplesmente como “Deus”). Como se explica isso? Para os fundamentalistas, não tem conversa: Moisés escreveu tudo sozinho e usou os dois nomes simplesmente porque quis. Só que um trecho desse texto narra a morte do próprio Moisés. Isso indica que ele não é o único autor. Os historiadores e a maioria dos religiosos aceitam outra teoria: esses textos tiveram pelo menos outros dois editores.

Acredita-se que os trechos que falam de Javé sejam os mais antigos, escritos numa época em que a religiosidade era menos formal.. Eles contêm uma passagem reveladora: antes da criação do mundo, “Yahweh não derramara chuva sobre a terra, e nem havia homem para lavrar o solo”. Essa frase, “não havia homem para lavrar o solo”, indica que, na primeira versão da Bíblia, o homem não era apenas mais uma criação de Deus – ele desempenha um papel ativo e fundamental na história toda. “Nesse relato, o homem é co-criador do mundo”, diz o teólogo Humberto Gonçalves, do Centro Ecumênico de Estudos Bíblicos, no Rio Grande do Sul.

Pelo nome que usa para se referir a Deus (Javé), o autor desses trechos foi apelidado de Javista. Já o outro autor, que teria vivido por volta de 850 a.C., é apelidado de Eloísta. Mais sisudo e religioso, ele compôs uma narrativa bastante diferente. Ao contrário do Deus-Javé, que fez o mundo num único dia, o Deus-Elohim levou 6 (e descansou no 7o). Nessa história, a criação é um ato exclusivo de Deus, e o homem surge apenas no 6o dia, junto aos animais.

Tempos mais tarde, os dois relatos foram misturados por editores anônimos – e a narrativa do Eloísta, mais comportada, foi parar no início das Escrituras. Começando por aquela frase incrivelmente simples e poderosa, notória até entre quem nunca leu a Bíblia: “E, no início, Deus criou o céu e a terra...”

Em 589 a.C., Jerusalém foi arrasada pelos babilônios, e grande parte da população foi aprisionada e levada para o atual Iraque. Décadas depois, os hebreus foram libertados por Ciro, senhor do Império Persa – um conquistador “esclarecido”, que tinha tolerância religiosa. Aos poucos, os hebreus retornaram a Canaã – mas com sua fé transformada. Agora os sacerdotes judaicos rejeitavam o politeísmo e diziam que Javé era o único e absoluto deus do Universo. “O monoteísmo pode ter surgido pelo contato com os persas – a religião deles, o masdeísmo, pregava a existência de um deus bondoso, Ahura Mazda, em constante combate contra um deus maligno, Arimã. Essa noção se reflete até na idéia cristã de um combate entre Deus e o Diabo”, afirma Zalewsky, da UFRGS.

A versão final do Pentateuco surgiu por volta de 389 a.C. Nessa época, um religioso chamado Esdras liderou um grupo de sacerdotes que mudaram radicalmente o judaísmo – a começar por suas escrituras. Eles editaram os livros anteriores e escreveram a maior parte dos livros Deuteronômio, Números, Levítico e também um dos pontos altos da Bíblia: os 10 Mandamentos. Além de afirmar o monoteísmo sem sombra de dúvidas (“amarás a Deus acima de todas as coisas” é o primeiro mandamento), a reforma conduzida por Esdras impunha leis religiosas bem rígidas, como a proibição do casamento entre hebreus e não-hebreus. Algumas das leis encontradas no Levítico se assemelham à ética moderna dos direitos humanos: “Se um estrangeiro vier morar convosco, não o maltrates. Ama-o como se fosse um de vós”.

Outras passagens, no entanto, descrevem um Senhor belicoso, vingativo e sanguinário, que ordena o extermínio de cidades inteiras – mulheres e crianças incluídas. “Se a religião prega a compaixão, por que os textos sagrados têm tanto ódio?”, pergunta a historiadora americana Karen Armstrong, autora de um novo e provocativo estudo sobre a Bíblia. Para os especialistas, a violência do Antigo Testamento é fruto dos séculos de guerras com os assírios e os babilônios. Os autores do livro sagrado foram influenciados por essa atmosfera de ódio, e daí surgiram as histórias em que Deus se mostra bastante violento e até cruel. Os redatores da Bíblia estavam extravasando sua angústia.

Por volta do ano 200 a.C., o cânone (conjunto de livros sagrados) hebraico já estava finalizado e começou a se alastrar pelo Oriente Médio. A primeira tradução completa do Antigo Testamento é dessa época. Ela foi feita a mando do rei Ptolomeu 2o em Alexandria, no Egito, grande centro cultural da época. Segundo uma lenda, essa tradução (de hebraico para grego) foi realizada por 72 sábios judeus. Por isso, o texto é conhecido como Septuaginta. Além da tradução grega, também surgiram versões do Antigo Testamento no idioma aramaico – que era uma espécie de língua franca do Oriente Médio naquela época.

Dois séculos mais tarde, a Bíblia em aramaico estava bombando: ela era a mais lida na Judéia, na Samária e na Galiléia (províncias que formam os atuais territórios de Israel e da Palestina). Foi aí que um jovem judeu, grande personagem desta história, começou a se destacar. Como Sócrates, Buda e outros pensadores que mudaram o mundo, Jesus de Nazaré nada deixou por escrito – os primeiros textos sobre ele foram produzidos décadas após sua morte.

E o cristianismo já nasceu perseguido: por se recusarem a cultuar os deuses oficiais, os cristãos eram considerados subversivos pelo Império Romano, que dominava boa parte do Oriente Médio desde o século 1 a.C. Foi nesse clima de medo que os cristãos passaram a colocar no papel as histórias de Jesus, que circulavam em aramaico e também em coiné – um dialeto grego falado pelos mais pobres. “Os cristãos queriam compreender suas origens e debater seus problemas de identidade”, diz o teólogo Paulo Nogueira, da Universidade Metodista de São Paulo. Para fazer isso, criaram um novo gênero literário: o evangelho. Esse termo, que vem do grego evangélion (“boa-nova”), é um tipo de narrativa religiosa contando os milagres, os ensinamentos e a vida do Messias.

A maioria dos evangelhos escritos nos séculos 1 e 2 desapareceu. Naquela época, um “livro” era um amontoado de papiros avulsos, enrolados em forma de pergaminho, podendo ser facilmente extraviados e perdidos. Mas alguns evangelhos foram copiados e recopiados à mão, por membros da Igreja. Até que, por volta do século 4, tomaram o formato de códice – um conjunto de folhas de couro encadernadas, ancestral do livro moderno. O problema é que, a essa altura do campeonato, gerações e gerações de copiadores já haviam introduzido alterações nos textos originais – seja por descuido, seja de propósito. “Muitos erros foram feitos nas cópias, erros que às vezes mudaram o sentido dos textos. Em certos casos, tais erros foram também propositais, de acordo com a teologia do escrivão”, afirma o padre e teólogo Luigi Schiavo, da Universidade Católica de Goiás. Quer ver um exemplo?

Sabe aquela famosa cena em que Jesus salva uma adúltera prestes a ser apedrejada? De acordo com especialistas, esse trecho foi inserido no Evangelho de João por algum escriba, por volta do século 3. Isso porque, na época, o cristianismo estava cortando seu cordão umbilical com o judaísmo. E apedrejar adúlteras é uma das leis que os sacerdotes-escritor es judeus haviam colocado no Pentateuco. A introdução da cena em que Jesus salva a adúltera passa a idéia de que os ensinamentos de Cristo haviam superado a Torá – e, portanto, os cristãos já não precisavam respeitar ao pé da letra todos os ensinamentos judeus.

A julgar pelo último livro da Bíblia cristã, o Apocalipse (que descreve o fim do mundo), o receio de ter suas narrativas “editadas” era comum entre os autores do Novo Testamento. No versículo 18, lê-se uma terrível ameaça: “Se alguém fizer acréscimos às páginas deste livro, Deus o castigará com as pragas descritas aqui”. Essa ameaça reflete bem o clima dos primeiros séculos do cristianismo: uma verdadeira baderna teológica, com montes de seitas defendendo idéias diferentes sobre Deus e o Messias. A seita dos docetas, por exemplo, acreditava que Jesus não teve um corpo físico. Ele seria um espírito, e sua crucificação e morte não passariam – literalmente – de ilusão de ótica. Já os ebionistas acreditavam que Jesus não nascera Filho de Deus, mas fora adotado, já adulto, pelo Senhor. A primeira tentativa de organizar esse caos das Escrituras ocorreu por volta de 142 – e o responsável não foi um clérigo, mas um rico comerciante de navios chamado Marcião.

A Bíblia segundo Marcião

Ele nasceu na atual Turquia, foi para Roma, converteu-se ao cristianismo, virou um teólogo influente e resolveu montar sua própria seleção de textos sagrados. A Bíblia de Marcião era bem diferente da que conhecemos hoje. Isso porque ele simpatizava com uma seita cristã hoje desaparecida, o gnosticismo. Para os gnósticos, o Deus do Velho Testamento não era o mesmo que enviara Jesus – na verdade, as duas divindades seriam inimigas mortais. O Deus hebraico era monstruoso e sanguinário, e controlava apenas o mundo material. Já o universo espiritual seria dominado por um Deus bondoso, o pai de Jesus. A Bíblia editada por Marcião continha apenas o Evangelho de João, 11 cartas de Paulo e nenhuma página do Velho Testamento. Se as idéias de Marcião tivessem triunfado, hoje as histórias de Adão e Eva no paraíso, a arca de Noé e a travessia do mar Vermelho não fariam parte da cultura ocidental. Mas, por volta de 170, o gnosticismo foi declarado proibido pelas autoridades eclesiásticas, e o primeiro editor da Bíblia cristã acabou excomungado.

Roma, até então pior inimiga dos cristãos, ia se rendendo à nova fé. Em 313, o imperador romano Constantino se aliou à Igreja. Ele pretendia usar a força crescente da nova religião para fortalecer seu império. Para isso, no entanto, precisava de uma fé una e sólida. A pressão de Constantino levou os mais influentes bispos cristãos a se reunirem no Concílio de Nicéia, em 325, para colocar ordem na casa de Deus. Ali, surgiu o cânone do cristianismo – a lista oficial de livros que, segundo a Igreja, realmente haviam sido inspirados por Deus.

“A escolha também era política. Um grupo afirmou seu poder e autoridade sobre os outros”, diz o padre Luigi. Esse grupo era o dos cristãos apostólicos, que ganharam poder ao se aliar com o Império Romano. Os apostólicos eram, por assim dizer, o “partido do governo”. E por isso definiram o que iria entrar, ou ser eliminado, das Escrituras.

Eles escolheram os evangelhos de Marcos, Mateus, Lucas e João para representar a biografia oficial de Cristo, enquanto as invenções dos docetas, dos ebionistas e de outras seitas foram excluídas, e seus autores declarados hereges. Os textos excluídos do cânone ganharam o nome de “apócrifos” – palavra que vem do grego apocrypha, “o que foi ocultado”. A maioria dos apócrifos se perdeu – afinal de contas, os escribas da Igreja não estavam interessados em recopiá-los para a posteridade. Mas, com o surgimento da arqueologia, no século 19, pedaços desses textos foram encontrados nas areias do Oriente Médio. É o caso de um polêmico texto encontrado em 1886 no Egito. Ele é assinado por uma certa “Maria” que muitos acreditam ser a Madalena, discípula de Jesus, presente em vários trechos do Novo Testamento. O evangelho atribuído a ela é bem feminista: Madalena é descrita como uma figura tão importante quanto Pedro e os outros apóstolos. Nos primórdios do cristianismo, as mulheres eram aceitas no clero – e eram, inclusive, consideradas capazes de fazer profecias.. Foi só no século 3 que o sacerdócio virou monopólio masculino, o que explicaria a censura da apóstola e seu testemunho. Aliás, tudo indica que Madalena não foi prostituta – idéia que teria surgido por um erro na interpretação do livro sagrado. No ano 591, o papa Gregório fez um sermão dizendo que Madalena e outra mulher, também citada nas Escrituras e essa sim ex-pecadora, na verdade seriam a mesma pessoa (em 1967, o Vaticano desfez o equívoco, limpando a reputação de Maria).

Na evolução da Bíblia, foram aparecendo vários trechos machistas – e suspeitos. É o caso de uma passagem atribuída ao apóstolo Paulo: “A mulher aprenda (...) com toda a sujeição. Não permito à mulher que ensine, nem que tenha domínio sobre o homem (...) porque Adão foi formado primeiro, e depois Eva”. É provável que Paulo jamais tenha escrito essas palavras – porque, na época em que ele viveu, o cristianismo não pregava a submissão da mulher. Acredita-se que essa parte tenha sido adicionada por algum escriba por volta do século 2.

Após a conversão do imperador Constantino, o eixo do cristianismo se deslocou do Oriente Médio para Roma. Só que, para completar a romanização da fé, faltava um passo: traduzir a palavra de Deus para o latim. A missão coube ao teólogo Eusebius Hyeronimus, que mais tarde viria a ser canonizado com o nome de são Jerônimo. Sob ordens do papa Damaso, ele viajou a Jerusalém em 406 para aprender hebraico e traduzir o Antigo e o Novo Testamento. Não foi nada fácil: o trabalho durou 17 anos.

Daí saiu a Vulgata, a Bíblia latina, que até hoje é o texto oficial da Igreja Católica. Essa é a Bíblia que todo mundo conhece. “A Vulgata foi o alicerce da Igreja no Ocidente”, explica o padre Luigi. Ela é tão influente, mas tão influente, que até seus erros de tradução se tornaram clássicos. Ao traduzir uma passagem do Êxodo que descreve o semblante do profeta Moisés, são Jerônimo escreveu em latim: cornuta esse facies sua, ou seja, “sua face tinha chifres”. Esse detalhe esquisito foi levado a sério por artistas como Michelangelo – sua famosa escultura representando Moisés, hoje exposta no Vaticano, está ornada com dois belos corninhos. Tudo porque Jerônimo tropeçou na palavra hebraica karan, que pode significar tanto “chifre” quanto “raio de luz”. A tradução correta está na Septuaginta: o profeta tinha o rosto iluminado, e não chifrudo. Apesar de erros como esse, a Vulgata reinou absoluta ao longo da Idade Média – durante séculos, não houve outras traduções.

O único jeito de disseminar o livro sagrado era copiá-lo à mão, tarefa realizada pelos monges copistas. Eles raramente saíam dos mosteiros e passavam a vida copiando e catalogando manuscritos antigos. Só que, às vezes, também se metiam a fazer o papel de autores.

Após a queda do Império Romano, grande parte da literatura da Antiguidade grega e romana se perdeu – foi graças ao trabalho dos monges copistas que livros como a Ilíada e a Odisséia chegaram até nós. Mas alguns deles eram meio malandros: costumavam interpolar textos nas Escrituras Sagradas para agradar a reis e imperadores. No século 15, por exemplo, monges espanhóis trocaram o termo “babilônios” por “infiéis” no texto do Antigo Testamento – um truque para atacar os muçulmanos, que disputavam com os espanhóis a posse da península Ibérica.

Escrituras em série

Tudo isso mudou após a invenção da imprensa, em 1455. Agora ninguém mais dependia dos copistas para multiplicar os exemplares da Bíblia. Por isso, o grande foco de mudanças no texto sagrado passou a ser outro: as traduções.Em 1522, o pastor Martinho Lutero usou a imprensa para divulgar em massa sua tradução da Bíblia, que tinha feito direto do hebraico e do grego para o alemão. Era a primeira vez que o texto sagrado era vertido numa língua moderna – e a nova versão trouxe várias mudanças, que provocavam a Igreja (veja quadro na pág. 65). Logo depois um britânico, William Tyndale, ousou traduzir a Bíblia para o inglês. No Novo Testamento, ele traduziu a palavra ecclesia por “congregação”, em vez de “igreja”, o termo preferido pelas traduções católicas. A mudança nessa palavrinha era um desafio ao poder dos papas: como era protestante, Tyndale tinha suas diferenças com a Igreja. Resultado? Ele foi queimado como herege em 1536. Mas até hoje seu trabalho é referência para as versões inglesas do livro sagrado.

A Bíblia chegou ao nosso idioma em 1753 – quando foi publicada sua primeira tradução completa para o português, feita pelo protestante João Ferreira de Almeida. Hoje, a tradução considerada oficial é a feita pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e lançada em 2001. Ela é considerada mais simples e coloquial que as traduções anteriores. De lá para cá, a Bíblia ganhou o mundo e as línguas. Já foi vertida para mais de 300 idiomas e continua um dos livros mais influentes do mundo: todos os anos, são publicadas 11 milhões de cópias do texto integral, e 14 milhões só do Novo Testamento.

Depois de tantos séculos de versões e contra-versões, ainda não há consenso sobre a forma certa de traduzi-la. Alguns buscam traduções mais próximas do sentido e da época original – como as passagens traduzidas do hebraico pelo lingüista David Rosenberg na obra O Livro de J, de 1990. Outros acham que a Bíblia deve ser modernizada para atrair leitores. O lingüista Eugene Nida, que verteu a Bíblia na década de 1960, chegou ao extremo de traduzir a palavra “sestércios”, a antiga moeda romana, por “dólares”. Em 2008, duas versões igualmente ousadas estão agitando as Escrituras: a Green Bible (“Bíblia Verde”, ainda sem versão em português), que destaca 1 000 passagens relacionadas à ecologia – como o momento em que Jó fala sobre os animais –, e a Bible Illuminated (‘Bíblia Iluminada”, em inglês), com design ultramoderno e fotos de celebridades como Nelson Mandela e Angelina Jolie.

A Bíblia se transforma, mas uma coisa não muda: cada pessoa, ou grupo de pessoas, a interpreta de uma maneira diferente – às vezes, com propósitos equivocados. Em pleno século 21, pastores fundamentalistas tentam proibir o ensino da Teoria da Evolução nas escolas dos EUA, sendo que a própria Igreja aceita as teorias de Darwin desde a década de 1950. Líderes como o pastor Jerry Falwell defendem o retorno da escravidão e o apedrejamento de adúlteros, e no Oriente Médio rabinos extremistas usam trechos da Torá para justificar a ocupação de terras árabes. Por quê? Porque está na Bíblia, dizem os radicais. Não é nada disso. Hoje, os principais estudiosos afirmam que a Bíblia não deve ser lida como um manual de regras literais – e sim como o relato da jornada, tortuosa e cheia de percalços, do ser humano em busca de Deus. Porque esse é, afinal, o verdadeiro sentido dessa árvore de histórias regada há 3 mil anos por centenas de mãos, cabeças e corações humanos: a crença num sentido transcendente da existência.

Top 5 pragas

I. Quando os hebreus eram escravos no Egito, o Senhor enviou 10 pragas contra os opressores do povo escolhido. A primeira delas foi transformar toda a água do país em sangue (Êxodo 7:21).

II. Como o faraó não libertava os hebreus, o Senhor radicalizou: matou, numa só noite, todos os primogênitos do Egito. “E houve grande clamor no país, pois não havia casa onde não houvesse um morto” (Êxodo 12:30).

III. Desgostoso com os pecados de Sodoma e Gomorra, Deus destruiu as duas cidades com uma chuvarada de fogo e enxofre (Gênesis 19:24).

IV. Para punir as deso­bediências do rei Davi, o Senhor enviou uma doença não identificada, que matou 70 mil homens e 200 mil mulheres e crianças (2 Samuel, 24: 1-13).

V. Quando a nação dos filisteus roubou a arca da Aliança, onde estavam guardados os 10 Mandamentos, o Senhor os castigou com um surto de hemorróidas letais. “Os intestinos lhes saíam para fora e apodreciam” (1 Samuel 5:9) .

Os possíveis autores

1200 a.C. - Moisés

Segundo uma lenda judaica, a Torá (obra precursora da Bíblia) teria sido escrita por ele. Mas há controvérsias, pois existe um trecho da Torá que diz: “Moisés morreu e foi sepultado pelo Senhor próximo a Fegor”. Ora, se Moisés é o autor do texto, como ele poderia ter relatado a própria morte?

1000 a.C. - Javista

Viveu na corte do rei Davi, no antigo reino de Israel, e era um aristocrata. Ou, quem sabe, uma aristocrata: para o crítico Harold Bloom, Javista era mulher. Isso porque os personagens femininos da Bíblia (Eva e Sara, por exemplo) são muito mais elaborados que os masculinos.

Século 4 a.C. - Esdras

Líder religioso que reformou o judaísmo e possível editor do Pentateuco (5 primeiros livros da Bíblia). Vários trechos bíblicos editados por ele pregam a violência: “Derrubareis todos os altares dos povos que ides expropriar, queimareis as casas, e mudareis os nomes desses lugares”.

Século 1 - Paulo

Nunca viu Cristo pessoalmente, mas foi o primeiro a escrever sobre ele. Nascido na Turquia, Paulo viajou e fundou igrejas pelo Oriente Médio. Ele escrevia cartas para essas igrejas, contando a incrível aventura de um tal Jesus – que foi crucificado e ressuscitou.

Século 1 - Maria Madalena

Estava entre os discípulos favoritos de Jesus – e, diferentemente do que o Vaticano sustentou durante séculos, nunca foi prostituta. Pelo contrário: tinha influência no cristianismo e é a suposta autora do Apócrifo de Maria, um livro em que fala sobre sua relação pessoal com Jesus e divulga os ensinamentos dele.

Século 1 - João

Escreveu o 4o evangelho do Novo Testamento (João) e o Livro do Apocalipse, o último da Bíblia. Para ele, Jesus não é apenas um messias – é um ser sobrenatural, a própria encarnação de Deus. Essa interpretação mística marca a ruptura definitiva entre judaísmo e fé cristã.

Século 5 - Jerônimo

Nascido no território da atual Hungria, este padre foi enviado a Jerusalém com uma missão importantíssima: traduzir a Bíblia do grego para o latim. Cometeu alguns erros, como dizer que o profeta Moisés tinha chifres (uma confusão com a palavra hebraica karan, que na verdade significa “raio de luz”).

Século 16 - William Tyndale

Possuir trechos da Bíblia em qualquer idioma que não fosse o latim era crime. O professor Tyndale não quis nem saber, traduziu tudo para o inglês, e acabou na fogueira. Mas seu trabalho foi incrivelmente influente: é a base da chamada “Bíblia do Rei James”, até hoje a tradução mais lida nos países de língua inglesa.

Top 5 matanças

I. Um grupo de meninos malcriados zombou da calvície do profeta Eliseu. Pra quê! Na hora, dois ursos famintos saíram de um bosque e comeram as crianças (2 Reis 2:24).

II. Cercado por um exército de filisteus, o herói Sansão apanhou a mandíbula de um jumento morto. Usando o osso como arma, ele massacrou mil inimigos (Juízes, 15:16).

III. O profeta Elias convidou os sacerdotes do deus Baal para uma competição de orações. Era uma armadilha: Elias incitou o povo, que linchou os pagãos (1 Reis 18:40).

VI. Os judeus haviam perdido a fé e começaram a adorar um bezerro de ouro. Moisés ficou furioso e mandou sacerdotes levitas matar 3 mil infiéis (Êxodo 32:19).

V. A nação dos amalequitas disputava o território de Canaã com os judeus. O Senhor ordena que todos os amalequitas sejam chacinados (1 Samuel 15:18).

Top 5 satanagens

I. Após a destruição de Sodoma, os únicos sobreviventes eram Ló e suas duas filhas. As filhas de Lot embebedaram o pai e tiveram com ele a noite mais incestuosa da Bíblia (Gênesis 19:31).

II. O Cântico dos Cânticos, atribuído ao rei Salomão, é altamente erótico. Um dos trechos: “Teu corpo é como a palmeira, e teus seios, como cachos de uvas” (Cânticos 7:7).

III. Os anjos do Senhor tiveram chamegos ilícitos com mulheres mortais. “Vendo os Filhos de Deus que as filhas dos homens eram formosas, tomaram-nas como mulheres, tantas quanto desejaram” (Gênesis 6:2).

IV. A Bíblia diz que os antigos egípcios eram muito bem-dotados. Após a fuga para Canaã, a judia Ooliba tem saudades dos tempos em que se prostituía no Egito. Tudo porque “seus amantes (...) ejaculavam como cavalos” (Ezequiel 23:20).

V. O hebreu Onã casou com a viúva de seu irmão, mas não conseguia fazer sexo com ela – preferia o prazer solitário. Do nome dele vem o termo “onanismo”, que significa masturbação (Gênesis 38:9).

As história da história

Como o livro sagrado evoluiu ao longo dos tempos

Tanach - Século 5 a.C.

É a Bíblia judaica, e tem 3 livros: Torá (palavra hebraica que significa “lei”), Nebiim (“profetas”) e Ketuvim (“escritos”). É parecida com a Bíblia atual, pois os católicos copiaram seus escritos. Contém as sementes do monoteísmo e da ética religiosa, mas também pregações de violência. A primeira das bíblias tem trechos ambíguos e misteriosos – algumas passagens dão a entender que Javé não é o único deus do Universo.

Septuaginta - Século 3 a.C.

O Oriente Médio era dominado pelos gregos e pelos macedônios. Muitos judeus viviam em cidades de cultura grega, como Alexandria, e desejavam adaptar sua religião aos novos tempos. Diz a lenda que Ptolomeu, rei do Egito, reuniu um grupo de 72 sábios judeus para traduzir a Tanach – e fizeram tudo em 72 dias. Por isso, o resultado é conhecido como Septuaginta. Inclui textos que não constam da Tanach.

Novo Testamento - Século 1

A língua do Antigo Testamento é o hebraico, mas o Novo Testamento foi escrito num dialeto grego chamado coiné. Contém os relatos sobre vida, milagres, morte e ressurreição de Jesus – os evangelhos. Em alguns trechos, vai deixando evidente a divergência entre cristianismo e judaísmo. É o caso, por exemplo, do Evangelho de João, em que Jesus é descrito como uma encarnação de Deus (coisa na qual os judeus não acreditavam) .

Católica - Século 4

Seus autores decidiram incluir 7 livros que os judeus não reconheciam. São os chamados Deuterocanônicos: Tobias, Judite, Sabedoria, Eclesiástico, Baruque, Macabeus 1 e 2 (mais trechos dos livros Daniel e Ester). A Bíblia católica bate na tecla do monoteísmo: a palavra hebraica Elohim, usada na Tanach para designar a divindade, é o plural de El, um deus cananeu. Mas foi traduzida no singular e virou “Senhor”.

Ortodoxa - Por volta do século 4

É baseada na Septuaginta, mas também inclui livros considerados apócrifos por católicos e protestantes: Esdras 1, Macabeus 3 e 4 e o Salmo 151. A tradução é mais exata (nesta Bíblia, Moisés nunca teve chifres, um erro de tradução introduzido pela Bíblia latina), e os escritos não são levados ao pé da letra: para os ortodoxos, o que conta são as interpretações do texto bíblico, feitas por teólogos ao longo dos séculos.

Protestante - Século 16

Ao traduzir a Bíblia para o alemão, Martinho Lutero excluiu os livros Deuterocanônicos e mudou algumas coisas. Um exemplo é a palavra grega metanoia, que na Bíblia católica significa “fazer penitência” – uma referência à confissão dos pecados, um dos sacramentos católicos. Já Lutero traduziu metanoia como “reviravolta”. Para ele, confessar os pecados era inútil. O importante era transformar a vida pela fé.

Top 5 milagres

I. O maior de todos os milagres divinos foi o primeiro: a Criação do mundo, pelo poder da palavra. “E Deus disse: que haja luz. E houve luz” (Gênesis 1:3).

II. Para dar-lhe uma amostra de seus poderes, o Senhor leva Ezequiel a um campo cheio de esqueletos – e os traz de volta à vida.. “O vento do Senhor soprou neles, e viveram” (Ezequiel, 37; 1-28).

III. Graças à benção divina, o herói Sansão tinha a força de muitos homens. Certa vez, foi atacado por um leão. “O espírito do Senhor deu-lhe poder, e Sansão destroçou a fera com as próprias mãos, como se matasse um cabrito” (Juízes 14:6).

IV. Josué liderava uma batalha contra os amalequitas, mas o Sol estava se pondo. Como não queria lutar no escuro, o hebreu pediu ajuda divina – e o Sol ficou no céu (Josué 10:13).

V. Para fugir do Egito, os hebreus precisavam atravessar o mar Vermelho. E não tinham navios. Moisés ergueu seu bastão e as águas do mar se dividiram. Após a passagem dos hebreus, o profeta deixou que as ondas se fechassem sobre os exércitos do faraó (Êxodo 14; 21-30).

Para saber mais

A Bíblia: Uma Biografia

Karen Armstrong, Jorge Zahar Editora, 2007.

Who Wrote the Bible?

Richard Elliott Friedman, HarperOne, 1997.

Edson Rocha M\ M\

A\R\L\S\Os Templários Nº2722

GOB\GOSP\R\E\A\A\

www.ostemplarios. org.br

 

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[listagob] questão litúrgico-ritualística -Quem escreveu a Bíblia?

Sexta-feira, 26 de Novembro de 2010 2:51

De:

"Onias Neto" <onias.neto@uol.com.br>

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Para:

listagob@yahoogrupos.com.br

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De: Paulo Daniel Monteiro

Data: 25/11/2010 16:44:37

Para: listagob@yahoogrupos.com.br

[listagob] questão litúrgico-ritualística -

Irmãos, desculpem, mas eu penso que uma lista de discussão é uma lista para...  bem, discutir, né não? Não me parece que o Bro. Filardo esteja zombando. Pelo menos não o leio dessa forma. Nasci na igreja Metodista. Com três mêses de idade fui menino Jesus na encenação de Natal :-) Eu também acho que a Biblia tem trechos de ficção e outros de puro horror. Isso não quer dizer que, em outros trechos eu encontre boa e agradável leitura. Agora, eu vou sempre chiar quando sentir que há tendência de censura quando lemos o que não gostamos. Da minha parte uso a tecla Del.

TFA, Paulo Daniel.

De: listagob@yahoogrupos.com.br [mailto:listagob@yahoogrupos.com.br] Em nome de Roberto Martins
Enviada em: quinta-feira, 25 de novembro de 2010 14:20
Para: listagob@yahoogrupos.com.br
Assunto: RE: Res: RES: [listagob] questão litúrgico-ritualística -

Mano Filardo,
Existe um trecho do ritual de iniciação do REAA
que diz ao candidato: " Não pense que zombamos das religiões, mas sim, acreditamos em um ser supremo o Gadu...e ai por diante.."
Acho indelicado a forma que o Ir.'. se refere a Biblia, uma falta de respeito para com os demais, se o Ir.'. não acredita, tudo bem, respeitamos, mas zombar pega mal.
TFA
Nóbrega
----- Mensagem Original -----
De: José Filardo <jfilardo@uol.com.br>
Enviada: quinta-feira, 25 de novembro de 2010 14:42
Para: listagob@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: Res: RES: [listagob] questão litúrgico-ritualística -
Não resta dúvida. Uma reunião maçônica exige avental e deve ter um ritual.
Preferencialmente um ritual onde não existam invocações religiosas ou
conteúdo retirado do maior livro de ficção e horror do mundo, a Bibria.
TFA
Filardo, o Apóstata
On 25/11/2010 14:15, Cezar Mingardi wrote:


Irmão Cirino

Compreendo sua maneira, não tratarei o Irmão na primeira pessoa do
plural. É uma mania minha, creio que o Irmão compreenderá perfeitamente.

Não importa se existam trezentos ou um bilhão de ritos maçônicos no
mundo No GOB são seis.
[A mensagem original inteira não está incluída]


Esta mensagem foi verificada pelo E-mail Protegido Terra.
Atualizado em 25/11/2010

   

Mensagem encaminhada: Quem escreveu a _.eml

[DPHF] Quem escreveu a Bíblia?

Domingo, 15 de Novembro de 2009 15:00

De:

"Edson Rocha" <rochainformatica@uol.com.br>

Para:

"Edson Rocha" <rochainformatica@uol.com.br>

Quem escreveu a Bíblia?

A história de Deus foi escrita pelos homens. Mas quem é o autor do livro mais influente de todos os tempos? As respostas são surpreendentes - e vão mudar sua maneira de ver as Escrituras

por Texto José Francisco Botelho

Em algum lugar do Oriente Médio, por volta do século 10 a.C., uma pessoa decidiu escrever um livro. Pegou uma pena, nanquim e folhas de papiro (uma planta importada do Egito) e começou a contar uma história mágica, diferente de tudo o que já havia sido escrito. Era tão forte, mas tão forte, que virou uma obsessão. Durante os 1 000 anos seguintes, outras pessoas continuariam reescrevendo, rasurando e compilando aquele texto, que viria a se tornar o maior best seller de todos os tempos: a Bíblia. Ela apresentou uma teoria para o surgimento do homem, trouxe os fundamentos do judaísmo e do cristianismo, influenciou o surgimento do islã, mudou a história da arte – sem a Bíblia, não existiriam os afrescos de Michelangelo nem os quadros de Leonardo da Vinci – e nos legou noções básicas da vida moderna, como os direitos humanos e o livre-arbítrio. Mas quem escreveu, afinal, o livro mais importante que a humanidade já viu? Quem eram e o que pensavam essas pessoas? Como criaram o enredo, e quem ditou a voz e o estilo de Deus? O que está na Bíblia deve ser levado ao pé da letra, o que até hoje provoca conflitos armados? A resposta tradicional você já conhece: segundo a tradição judaico-cristã , o autor da Bíblia é o próprio Todo-Poderoso. E ponto final. Mas a verdade é um pouco mais complexa que isso.

A própria Igreja admite que a revelação divina só veio até nós por meio de mãos humanas. A palavra do Senhor é sagrada, mas foi escrita por reles mortais. Como não sobraram vestígios nem evidências concretas da maioria deles, a chave para encontrá-los está na própria Bíblia. Mas ela não é um simples livro: imagine as Escrituras como uma biblioteca inteira, que guarda textos montados pelo tempo, pela história e pela fé. Aliás, o termo “Bíblia”, que usamos no singular, vem do plural grego ta biblia ta hagia – “os livros sagrados”. A tradição religiosa sempre sustentou que cada livro bíblico foi escrito por um autor claramente identificável. Os 5 primeiros livros do Antigo Testamento (que no judaísmo se chamam Torá e no catolicismo Pentateuco) teriam sido escritos pelo profeta Moisés por volta de 1200 a.C. Os Salmos seriam obra do rei Davi, o autor de Juízes seria o profeta Samuel, e assim por diante. Hoje, a maioria dos estudiosos acredita que os livros sagrados foram um trabalho coletivo. E há uma boa explicação para isso.

As histórias da Bíblia derivam de lendas surgidas na chamada Terra de Canaã, que hoje corresponde a Líbano, Palestina, Israel e pedaços da Jordânia, do Egito e da Síria. Durante séculos acreditou-se que Canaã fora dominada pelos hebreus. Mas descobertas recentes da arqueologia revelam que, na maior parte do tempo, Canaã não foi um Estado, mas uma terra sem fronteiras habitada por diversos povos – os hebreus eram apenas uma entre muitas tribos que andavam por ali. Por isso, sua cultura e seus escritos foram fortemente influenciadas por vizinhos como os cananeus, que viviam ali desde o ano 5000 a.C. E eles não foram os únicos a influenciar as histórias do livro sagrado.

As raízes da árvore bíblica também remontam aos sumérios, antigos habitantes do atual Iraque, que no 3o milênio a.C. escreveram a Epopéia de Gilgamesh. Essa história, protagonizada pelo semideus Gilgamesh, menciona uma enchente que devasta o mundo (e da qual algumas pessoas se salvam construindo um barco). Notou semelhanças com a Bíblia e seus textos sobre o dilúvio, a arca de Noé, o fato de Cristo ser humano e divino ao mesmo tempo? Não é mera coincidência. “A Bíblia era uma obra aberta, com influências de muitas culturas”, afirma o especialista em história antiga Anderson Zalewsky Vargas, da UFRGS.

Foi entre os séculos 10 e 9 a.C. que os escritores hebreus começaram a colocar essa sopa multicultural no papel. Isso aconteceu após o reinado de Davi, que teria unificado as tribos hebraicas num pequeno e frágil reino por volta do ano 1000 a.C. A primeira versão das Escrituras foi redigida nessa época e corresponde à maior parte do que hoje são o Gênesis e o Êxodo. Nesses livros, o tema principal é a relação passional (e às vezes conflituosa) entre Deus e os homens. Só que, logo no começo da Beeblia, já existiu uma divergência sobre o papel do homem e do Senhor na história toda. Isso porque o personagem principal, Deus, é tratado por dois nomes diferentes.

Em alguns trechos ele é chamado pelo nome próprio, Yahweh – traduzido em português como Javé ou Jeová. É um tratamento informal, como se o autor fosse íntimo de Deus. Em outros pontos, o Todo-Poderoso é chamado de Elohim, um título respeitoso e distante (que pode ser traduzido simplesmente como “Deus”). Como se explica isso? Para os fundamentalistas, não tem conversa: Moisés escreveu tudo sozinho e usou os dois nomes simplesmente porque quis. Só que um trecho desse texto narra a morte do próprio Moisés. Isso indica que ele não é o único autor. Os historiadores e a maioria dos religiosos aceitam outra teoria: esses textos tiveram pelo menos outros dois editores.

Acredita-se que os trechos que falam de Javé sejam os mais antigos, escritos numa época em que a religiosidade era menos formal.. Eles contêm uma passagem reveladora: antes da criação do mundo, “Yahweh não derramara chuva sobre a terra, e nem havia homem para lavrar o solo”. Essa frase, “não havia homem para lavrar o solo”, indica que, na primeira versão da Bíblia, o homem não era apenas mais uma criação de Deus – ele desempenha um papel ativo e fundamental na história toda. “Nesse relato, o homem é co-criador do mundo”, diz o teólogo Humberto Gonçalves, do Centro Ecumênico de Estudos Bíblicos, no Rio Grande do Sul.

Pelo nome que usa para se referir a Deus (Javé), o autor desses trechos foi apelidado de Javista. Já o outro autor, que teria vivido por volta de 850 a.C., é apelidado de Eloísta. Mais sisudo e religioso, ele compôs uma narrativa bastante diferente. Ao contrário do Deus-Javé, que fez o mundo num único dia, o Deus-Elohim levou 6 (e descansou no 7o). Nessa história, a criação é um ato exclusivo de Deus, e o homem surge apenas no 6o dia, junto aos animais.

Tempos mais tarde, os dois relatos foram misturados por editores anônimos – e a narrativa do Eloísta, mais comportada, foi parar no início das Escrituras. Começando por aquela frase incrivelmente simples e poderosa, notória até entre quem nunca leu a Bíblia: “E, no início, Deus criou o céu e a terra...”

Em 589 a.C., Jerusalém foi arrasada pelos babilônios, e grande parte da população foi aprisionada e levada para o atual Iraque. Décadas depois, os hebreus foram libertados por Ciro, senhor do Império Persa – um conquistador “esclarecido”, que tinha tolerância religiosa. Aos poucos, os hebreus retornaram a Canaã – mas com sua fé transformada. Agora os sacerdotes judaicos rejeitavam o politeísmo e diziam que Javé era o único e absoluto deus do Universo. “O monoteísmo pode ter surgido pelo contato com os persas – a religião deles, o masdeísmo, pregava a existência de um deus bondoso, Ahura Mazda, em constante combate contra um deus maligno, Arimã. Essa noção se reflete até na idéia cristã de um combate entre Deus e o Diabo”, afirma Zalewsky, da UFRGS.

A versão final do Pentateuco surgiu por volta de 389 a.C. Nessa época, um religioso chamado Esdras liderou um grupo de sacerdotes que mudaram radicalmente o judaísmo – a começar por suas escrituras. Eles editaram os livros anteriores e escreveram a maior parte dos livros Deuteronômio, Números, Levítico e também um dos pontos altos da Bíblia: os 10 Mandamentos. Além de afirmar o monoteísmo sem sombra de dúvidas (“amarás a Deus acima de todas as coisas” é o primeiro mandamento), a reforma conduzida por Esdras impunha leis religiosas bem rígidas, como a proibição do casamento entre hebreus e não-hebreus. Algumas das leis encontradas no Levítico se assemelham à ética moderna dos direitos humanos: “Se um estrangeiro vier morar convosco, não o maltrates. Ama-o como se fosse um de vós”.

Outras passagens, no entanto, descrevem um Senhor belicoso, vingativo e sanguinário, que ordena o extermínio de cidades inteiras – mulheres e crianças incluídas. “Se a religião prega a compaixão, por que os textos sagrados têm tanto ódio?”, pergunta a historiadora americana Karen Armstrong, autora de um novo e provocativo estudo sobre a Bíblia. Para os especialistas, a violência do Antigo Testamento é fruto dos séculos de guerras com os assírios e os babilônios. Os autores do livro sagrado foram influenciados por essa atmosfera de ódio, e daí surgiram as histórias em que Deus se mostra bastante violento e até cruel. Os redatores da Bíblia estavam extravasando sua angústia.

Por volta do ano 200 a.C., o cânone (conjunto de livros sagrados) hebraico já estava finalizado e começou a se alastrar pelo Oriente Médio. A primeira tradução completa do Antigo Testamento é dessa época. Ela foi feita a mando do rei Ptolomeu 2o em Alexandria, no Egito, grande centro cultural da época. Segundo uma lenda, essa tradução (de hebraico para grego) foi realizada por 72 sábios judeus. Por isso, o texto é conhecido como Septuaginta. Além da tradução grega, também surgiram versões do Antigo Testamento no idioma aramaico – que era uma espécie de língua franca do Oriente Médio naquela época.

Dois séculos mais tarde, a Bíblia em aramaico estava bombando: ela era a mais lida na Judéia, na Samária e na Galiléia (províncias que formam os atuais territórios de Israel e da Palestina). Foi aí que um jovem judeu, grande personagem desta história, começou a se destacar. Como Sócrates, Buda e outros pensadores que mudaram o mundo, Jesus de Nazaré nada deixou por escrito – os primeiros textos sobre ele foram produzidos décadas após sua morte.

E o cristianismo já nasceu perseguido: por se recusarem a cultuar os deuses oficiais, os cristãos eram considerados subversivos pelo Império Romano, que dominava boa parte do Oriente Médio desde o século 1 a.C. Foi nesse clima de medo que os cristãos passaram a colocar no papel as histórias de Jesus, que circulavam em aramaico e também em coiné – um dialeto grego falado pelos mais pobres. “Os cristãos queriam compreender suas origens e debater seus problemas de identidade”, diz o teólogo Paulo Nogueira, da Universidade Metodista de São Paulo. Para fazer isso, criaram um novo gênero literário: o evangelho. Esse termo, que vem do grego evangélion (“boa-nova”), é um tipo de narrativa religiosa contando os milagres, os ensinamentos e a vida do Messias.

A maioria dos evangelhos escritos nos séculos 1 e 2 desapareceu. Naquela época, um “livro” era um amontoado de papiros avulsos, enrolados em forma de pergaminho, podendo ser facilmente extraviados e perdidos. Mas alguns evangelhos foram copiados e recopiados à mão, por membros da Igreja. Até que, por volta do século 4, tomaram o formato de códice – um conjunto de folhas de couro encadernadas, ancestral do livro moderno. O problema é que, a essa altura do campeonato, gerações e gerações de copiadores já haviam introduzido alterações nos textos originais – seja por descuido, seja de propósito. “Muitos erros foram feitos nas cópias, erros que às vezes mudaram o sentido dos textos. Em certos casos, tais erros foram também propositais, de acordo com a teologia do escrivão”, afirma o padre e teólogo Luigi Schiavo, da Universidade Católica de Goiás. Quer ver um exemplo?

Sabe aquela famosa cena em que Jesus salva uma adúltera prestes a ser apedrejada? De acordo com especialistas, esse trecho foi inserido no Evangelho de João por algum escriba, por volta do século 3. Isso porque, na época, o cristianismo estava cortando seu cordão umbilical com o judaísmo. E apedrejar adúlteras é uma das leis que os sacerdotes-escritor es judeus haviam colocado no Pentateuco. A introdução da cena em que Jesus salva a adúltera passa a idéia de que os ensinamentos de Cristo haviam superado a Torá – e, portanto, os cristãos já não precisavam respeitar ao pé da letra todos os ensinamentos judeus.

A julgar pelo último livro da Bíblia cristã, o Apocalipse (que descreve o fim do mundo), o receio de ter suas narrativas “editadas” era comum entre os autores do Novo Testamento. No versículo 18, lê-se uma terrível ameaça: “Se alguém fizer acréscimos às páginas deste livro, Deus o castigará com as pragas descritas aqui”. Essa ameaça reflete bem o clima dos primeiros séculos do cristianismo: uma verdadeira baderna teológica, com montes de seitas defendendo idéias diferentes sobre Deus e o Messias. A seita dos docetas, por exemplo, acreditava que Jesus não teve um corpo físico. Ele seria um espírito, e sua crucificação e morte não passariam – literalmente – de ilusão de ótica. Já os ebionistas acreditavam que Jesus não nascera Filho de Deus, mas fora adotado, já adulto, pelo Senhor. A primeira tentativa de organizar esse caos das Escrituras ocorreu por volta de 142 – e o responsável não foi um clérigo, mas um rico comerciante de navios chamado Marcião.

A Bíblia segundo Marcião

Ele nasceu na atual Turquia, foi para Roma, converteu-se ao cristianismo, virou um teólogo influente e resolveu montar sua própria seleção de textos sagrados. A Bíblia de Marcião era bem diferente da que conhecemos hoje. Isso porque ele simpatizava com uma seita cristã hoje desaparecida, o gnosticismo. Para os gnósticos, o Deus do Velho Testamento não era o mesmo que enviara Jesus – na verdade, as duas divindades seriam inimigas mortais. O Deus hebraico era monstruoso e sanguinário, e controlava apenas o mundo material. Já o universo espiritual seria dominado por um Deus bondoso, o pai de Jesus. A Bíblia editada por Marcião continha apenas o Evangelho de João, 11 cartas de Paulo e nenhuma página do Velho Testamento. Se as idéias de Marcião tivessem triunfado, hoje as histórias de Adão e Eva no paraíso, a arca de Noé e a travessia do mar Vermelho não fariam parte da cultura ocidental. Mas, por volta de 170, o gnosticismo foi declarado proibido pelas autoridades eclesiásticas, e o primeiro editor da Bíblia cristã acabou excomungado.

Roma, até então pior inimiga dos cristãos, ia se rendendo à nova fé. Em 313, o imperador romano Constantino se aliou à Igreja. Ele pretendia usar a força crescente da nova religião para fortalecer seu império. Para isso, no entanto, precisava de uma fé una e sólida. A pressão de Constantino levou os mais influentes bispos cristãos a se reunirem no Concílio de Nicéia, em 325, para colocar ordem na casa de Deus. Ali, surgiu o cânone do cristianismo – a lista oficial de livros que, segundo a Igreja, realmente haviam sido inspirados por Deus.

“A escolha também era política. Um grupo afirmou seu poder e autoridade sobre os outros”, diz o padre Luigi. Esse grupo era o dos cristãos apostólicos, que ganharam poder ao se aliar com o Império Romano. Os apostólicos eram, por assim dizer, o “partido do governo”. E por isso definiram o que iria entrar, ou ser eliminado, das Escrituras.

Eles escolheram os evangelhos de Marcos, Mateus, Lucas e João para representar a biografia oficial de Cristo, enquanto as invenções dos docetas, dos ebionistas e de outras seitas foram excluídas, e seus autores declarados hereges. Os textos excluídos do cânone ganharam o nome de “apócrifos” – palavra que vem do grego apocrypha, “o que foi ocultado”. A maioria dos apócrifos se perdeu – afinal de contas, os escribas da Igreja não estavam interessados em recopiá-los para a posteridade. Mas, com o surgimento da arqueologia, no século 19, pedaços desses textos foram encontrados nas areias do Oriente Médio. É o caso de um polêmico texto encontrado em 1886 no Egito. Ele é assinado por uma certa “Maria” que muitos acreditam ser a Madalena, discípula de Jesus, presente em vários trechos do Novo Testamento. O evangelho atribuído a ela é bem feminista: Madalena é descrita como uma figura tão importante quanto Pedro e os outros apóstolos. Nos primórdios do cristianismo, as mulheres eram aceitas no clero – e eram, inclusive, consideradas capazes de fazer profecias.. Foi só no século 3 que o sacerdócio virou monopólio masculino, o que explicaria a censura da apóstola e seu testemunho. Aliás, tudo indica que Madalena não foi prostituta – idéia que teria surgido por um erro na interpretação do livro sagrado. No ano 591, o papa Gregório fez um sermão dizendo que Madalena e outra mulher, também citada nas Escrituras e essa sim ex-pecadora, na verdade seriam a mesma pessoa (em 1967, o Vaticano desfez o equívoco, limpando a reputação de Maria).

Na evolução da Bíblia, foram aparecendo vários trechos machistas – e suspeitos. É o caso de uma passagem atribuída ao apóstolo Paulo: “A mulher aprenda (...) com toda a sujeição. Não permito à mulher que ensine, nem que tenha domínio sobre o homem (...) porque Adão foi formado primeiro, e depois Eva”. É provável que Paulo jamais tenha escrito essas palavras – porque, na época em que ele viveu, o cristianismo não pregava a submissão da mulher. Acredita-se que essa parte tenha sido adicionada por algum escriba por volta do século 2.

Após a conversão do imperador Constantino, o eixo do cristianismo se deslocou do Oriente Médio para Roma. Só que, para completar a romanização da fé, faltava um passo: traduzir a palavra de Deus para o latim. A missão coube ao teólogo Eusebius Hyeronimus, que mais tarde viria a ser canonizado com o nome de são Jerônimo. Sob ordens do papa Damaso, ele viajou a Jerusalém em 406 para aprender hebraico e traduzir o Antigo e o Novo Testamento. Não foi nada fácil: o trabalho durou 17 anos.

Daí saiu a Vulgata, a Bíblia latina, que até hoje é o texto oficial da Igreja Católica. Essa é a Bíblia que todo mundo conhece. “A Vulgata foi o alicerce da Igreja no Ocidente”, explica o padre Luigi. Ela é tão influente, mas tão influente, que até seus erros de tradução se tornaram clássicos. Ao traduzir uma passagem do Êxodo que descreve o semblante do profeta Moisés, são Jerônimo escreveu em latim: cornuta esse facies sua, ou seja, “sua face tinha chifres”. Esse detalhe esquisito foi levado a sério por artistas como Michelangelo – sua famosa escultura representando Moisés, hoje exposta no Vaticano, está ornada com dois belos corninhos. Tudo porque Jerônimo tropeçou na palavra hebraica karan, que pode significar tanto “chifre” quanto “raio de luz”. A tradução correta está na Septuaginta: o profeta tinha o rosto iluminado, e não chifrudo. Apesar de erros como esse, a Vulgata reinou absoluta ao longo da Idade Média – durante séculos, não houve outras traduções.

O único jeito de disseminar o livro sagrado era copiá-lo à mão, tarefa realizada pelos monges copistas. Eles raramente saíam dos mosteiros e passavam a vida copiando e catalogando manuscritos antigos. Só que, às vezes, também se metiam a fazer o papel de autores.

Após a queda do Império Romano, grande parte da literatura da Antiguidade grega e romana se perdeu – foi graças ao trabalho dos monges copistas que livros como a Ilíada e a Odisséia chegaram até nós. Mas alguns deles eram meio malandros: costumavam interpolar textos nas Escrituras Sagradas para agradar a reis e imperadores. No século 15, por exemplo, monges espanhóis trocaram o termo “babilônios” por “infiéis” no texto do Antigo Testamento – um truque para atacar os muçulmanos, que disputavam com os espanhóis a posse da península Ibérica.

Escrituras em série

Tudo isso mudou após a invenção da imprensa, em 1455. Agora ninguém mais dependia dos copistas para multiplicar os exemplares da Bíblia. Por isso, o grande foco de mudanças no texto sagrado passou a ser outro: as traduções.Em 1522, o pastor Martinho Lutero usou a imprensa para divulgar em massa sua tradução da Bíblia, que tinha feito direto do hebraico e do grego para o alemão. Era a primeira vez que o texto sagrado era vertido numa língua moderna – e a nova versão trouxe várias mudanças, que provocavam a Igreja (veja quadro na pág. 65). Logo depois um britânico, William Tyndale, ousou traduzir a Bíblia para o inglês. No Novo Testamento, ele traduziu a palavra ecclesia por “congregação”, em vez de “igreja”, o termo preferido pelas traduções católicas. A mudança nessa palavrinha era um desafio ao poder dos papas: como era protestante, Tyndale tinha suas diferenças com a Igreja. Resultado? Ele foi queimado como herege em 1536. Mas até hoje seu trabalho é referência para as versões inglesas do livro sagrado.

A Bíblia chegou ao nosso idioma em 1753 – quando foi publicada sua primeira tradução completa para o português, feita pelo protestante João Ferreira de Almeida. Hoje, a tradução considerada oficial é a feita pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e lançada em 2001. Ela é considerada mais simples e coloquial que as traduções anteriores. De lá para cá, a Bíblia ganhou o mundo e as línguas. Já foi vertida para mais de 300 idiomas e continua um dos livros mais influentes do mundo: todos os anos, são publicadas 11 milhões de cópias do texto integral, e 14 milhões só do Novo Testamento.

Depois de tantos séculos de versões e contra-versões, ainda não há consenso sobre a forma certa de traduzi-la. Alguns buscam traduções mais próximas do sentido e da época original – como as passagens traduzidas do hebraico pelo lingüista David Rosenberg na obra O Livro de J, de 1990. Outros acham que a Bíblia deve ser modernizada para atrair leitores. O lingüista Eugene Nida, que verteu a Bíblia na década de 1960, chegou ao extremo de traduzir a palavra “sestércios”, a antiga moeda romana, por “dólares”. Em 2008, duas versões igualmente ousadas estão agitando as Escrituras: a Green Bible (“Bíblia Verde”, ainda sem versão em português), que destaca 1 000 passagens relacionadas à ecologia – como o momento em que Jó fala sobre os animais –, e a Bible Illuminated (‘Bíblia Iluminada”, em inglês), com design ultramoderno e fotos de celebridades como Nelson Mandela e Angelina Jolie.

A Bíblia se transforma, mas uma coisa não muda: cada pessoa, ou grupo de pessoas, a interpreta de uma maneira diferente – às vezes, com propósitos equivocados. Em pleno século 21, pastores fundamentalistas tentam proibir o ensino da Teoria da Evolução nas escolas dos EUA, sendo que a própria Igreja aceita as teorias de Darwin desde a década de 1950. Líderes como o pastor Jerry Falwell defendem o retorno da escravidão e o apedrejamento de adúlteros, e no Oriente Médio rabinos extremistas usam trechos da Torá para justificar a ocupação de terras árabes. Por quê? Porque está na Bíblia, dizem os radicais. Não é nada disso. Hoje, os principais estudiosos afirmam que a Bíblia não deve ser lida como um manual de regras literais – e sim como o relato da jornada, tortuosa e cheia de percalços, do ser humano em busca de Deus. Porque esse é, afinal, o verdadeiro sentido dessa árvore de histórias regada há 3 mil anos por centenas de mãos, cabeças e corações humanos: a crença num sentido transcendente da existência.

Top 5 pragas

I. Quando os hebreus eram escravos no Egito, o Senhor enviou 10 pragas contra os opressores do povo escolhido. A primeira delas foi transformar toda a água do país em sangue (Êxodo 7:21).

II. Como o faraó não libertava os hebreus, o Senhor radicalizou: matou, numa só noite, todos os primogênitos do Egito. “E houve grande clamor no país, pois não havia casa onde não houvesse um morto” (Êxodo 12:30).

III. Desgostoso com os pecados de Sodoma e Gomorra, Deus destruiu as duas cidades com uma chuvarada de fogo e enxofre (Gênesis 19:24).

IV. Para punir as deso­bediências do rei Davi, o Senhor enviou uma doença não identificada, que matou 70 mil homens e 200 mil mulheres e crianças (2 Samuel, 24: 1-13).

V. Quando a nação dos filisteus roubou a arca da Aliança, onde estavam guardados os 10 Mandamentos, o Senhor os castigou com um surto de hemorróidas letais. “Os intestinos lhes saíam para fora e apodreciam” (1 Samuel 5:9) .

Os possíveis autores

1200 a.C. - Moisés

Segundo uma lenda judaica, a Torá (obra precursora da Bíblia) teria sido escrita por ele. Mas há controvérsias, pois existe um trecho da Torá que diz: “Moisés morreu e foi sepultado pelo Senhor próximo a Fegor”. Ora, se Moisés é o autor do texto, como ele poderia ter relatado a própria morte?

1000 a.C. - Javista

Viveu na corte do rei Davi, no antigo reino de Israel, e era um aristocrata. Ou, quem sabe, uma aristocrata: para o crítico Harold Bloom, Javista era mulher. Isso porque os personagens femininos da Bíblia (Eva e Sara, por exemplo) são muito mais elaborados que os masculinos.

Século 4 a.C. - Esdras

Líder religioso que reformou o judaísmo e possível editor do Pentateuco (5 primeiros livros da Bíblia). Vários trechos bíblicos editados por ele pregam a violência: “Derrubareis todos os altares dos povos que ides expropriar, queimareis as casas, e mudareis os nomes desses lugares”.

Século 1 - Paulo

Nunca viu Cristo pessoalmente, mas foi o primeiro a escrever sobre ele. Nascido na Turquia, Paulo viajou e fundou igrejas pelo Oriente Médio. Ele escrevia cartas para essas igrejas, contando a incrível aventura de um tal Jesus – que foi crucificado e ressuscitou.

Século 1 - Maria Madalena

Estava entre os discípulos favoritos de Jesus – e, diferentemente do que o Vaticano sustentou durante séculos, nunca foi prostituta. Pelo contrário: tinha influência no cristianismo e é a suposta autora do Apócrifo de Maria, um livro em que fala sobre sua relação pessoal com Jesus e divulga os ensinamentos dele.

Século 1 - João

Escreveu o 4o evangelho do Novo Testamento (João) e o Livro do Apocalipse, o último da Bíblia. Para ele, Jesus não é apenas um messias – é um ser sobrenatural, a própria encarnação de Deus. Essa interpretação mística marca a ruptura definitiva entre judaísmo e fé cristã.

Século 5 - Jerônimo

Nascido no território da atual Hungria, este padre foi enviado a Jerusalém com uma missão importantíssima: traduzir a Bíblia do grego para o latim. Cometeu alguns erros, como dizer que o profeta Moisés tinha chifres (uma confusão com a palavra hebraica karan, que na verdade significa “raio de luz”).

Século 16 - William Tyndale

Possuir trechos da Bíblia em qualquer idioma que não fosse o latim era crime. O professor Tyndale não quis nem saber, traduziu tudo para o inglês, e acabou na fogueira. Mas seu trabalho foi incrivelmente influente: é a base da chamada “Bíblia do Rei James”, até hoje a tradução mais lida nos países de língua inglesa.

Top 5 matanças

I. Um grupo de meninos malcriados zombou da calvície do profeta Eliseu. Pra quê! Na hora, dois ursos famintos saíram de um bosque e comeram as crianças (2 Reis 2:24).

II. Cercado por um exército de filisteus, o herói Sansão apanhou a mandíbula de um jumento morto. Usando o osso como arma, ele massacrou mil inimigos (Juízes, 15:16).

III. O profeta Elias convidou os sacerdotes do deus Baal para uma competição de orações. Era uma armadilha: Elias incitou o povo, que linchou os pagãos (1 Reis 18:40).

VI. Os judeus haviam perdido a fé e começaram a adorar um bezerro de ouro. Moisés ficou furioso e mandou sacerdotes levitas matar 3 mil infiéis (Êxodo 32:19).

V. A nação dos amalequitas disputava o território de Canaã com os judeus. O Senhor ordena que todos os amalequitas sejam chacinados (1 Samuel 15:18).

Top 5 satanagens

I. Após a destruição de Sodoma, os únicos sobreviventes eram Ló e suas duas filhas. As filhas de Lot embebedaram o pai e tiveram com ele a noite mais incestuosa da Bíblia (Gênesis 19:31).

II. O Cântico dos Cânticos, atribuído ao rei Salomão, é altamente erótico. Um dos trechos: “Teu corpo é como a palmeira, e teus seios, como cachos de uvas” (Cânticos 7:7).

III. Os anjos do Senhor tiveram chamegos ilícitos com mulheres mortais. “Vendo os Filhos de Deus que as filhas dos homens eram formosas, tomaram-nas como mulheres, tantas quanto desejaram” (Gênesis 6:2).

IV. A Bíblia diz que os antigos egípcios eram muito bem-dotados. Após a fuga para Canaã, a judia Ooliba tem saudades dos tempos em que se prostituía no Egito. Tudo porque “seus amantes (...) ejaculavam como cavalos” (Ezequiel 23:20).

V. O hebreu Onã casou com a viúva de seu irmão, mas não conseguia fazer sexo com ela – preferia o prazer solitário. Do nome dele vem o termo “onanismo”, que significa masturbação (Gênesis 38:9).

As história da história

Como o livro sagrado evoluiu ao longo dos tempos

Tanach - Século 5 a.C.

É a Bíblia judaica, e tem 3 livros: Torá (palavra hebraica que significa “lei”), Nebiim (“profetas”) e Ketuvim (“escritos”). É parecida com a Bíblia atual, pois os católicos copiaram seus escritos. Contém as sementes do monoteísmo e da ética religiosa, mas também pregações de violência. A primeira das bíblias tem trechos ambíguos e misteriosos – algumas passagens dão a entender que Javé não é o único deus do Universo.

Septuaginta - Século 3 a.C.

O Oriente Médio era dominado pelos gregos e pelos macedônios. Muitos judeus viviam em cidades de cultura grega, como Alexandria, e desejavam adaptar sua religião aos novos tempos. Diz a lenda que Ptolomeu, rei do Egito, reuniu um grupo de 72 sábios judeus para traduzir a Tanach – e fizeram tudo em 72 dias. Por isso, o resultado é conhecido como Septuaginta. Inclui textos que não constam da Tanach.

Novo Testamento - Século 1

A língua do Antigo Testamento é o hebraico, mas o Novo Testamento foi escrito num dialeto grego chamado coiné. Contém os relatos sobre vida, milagres, morte e ressurreição de Jesus – os evangelhos. Em alguns trechos, vai deixando evidente a divergência entre cristianismo e judaísmo. É o caso, por exemplo, do Evangelho de João, em que Jesus é descrito como uma encarnação de Deus (coisa na qual os judeus não acreditavam) .

Católica - Século 4

Seus autores decidiram incluir 7 livros que os judeus não reconheciam. São os chamados Deuterocanônicos: Tobias, Judite, Sabedoria, Eclesiástico, Baruque, Macabeus 1 e 2 (mais trechos dos livros Daniel e Ester). A Bíblia católica bate na tecla do monoteísmo: a palavra hebraica Elohim, usada na Tanach para designar a divindade, é o plural de El, um deus cananeu. Mas foi traduzida no singular e virou “Senhor”.

Ortodoxa - Por volta do século 4

É baseada na Septuaginta, mas também inclui livros considerados apócrifos por católicos e protestantes: Esdras 1, Macabeus 3 e 4 e o Salmo 151. A tradução é mais exata (nesta Bíblia, Moisés nunca teve chifres, um erro de tradução introduzido pela Bíblia latina), e os escritos não são levados ao pé da letra: para os ortodoxos, o que conta são as interpretações do texto bíblico, feitas por teólogos ao longo dos séculos.

Protestante - Século 16

Ao traduzir a Bíblia para o alemão, Martinho Lutero excluiu os livros Deuterocanônicos e mudou algumas coisas. Um exemplo é a palavra grega metanoia, que na Bíblia católica significa “fazer penitência” – uma referência à confissão dos pecados, um dos sacramentos católicos. Já Lutero traduziu metanoia como “reviravolta”. Para ele, confessar os pecados era inútil. O importante era transformar a vida pela fé.

Top 5 milagres

I. O maior de todos os milagres divinos foi o primeiro: a Criação do mundo, pelo poder da palavra. “E Deus disse: que haja luz. E houve luz” (Gênesis 1:3).

II. Para dar-lhe uma amostra de seus poderes, o Senhor leva Ezequiel a um campo cheio de esqueletos – e os traz de volta à vida.. “O vento do Senhor soprou neles, e viveram” (Ezequiel, 37; 1-28).

III. Graças à benção divina, o herói Sansão tinha a força de muitos homens. Certa vez, foi atacado por um leão. “O espírito do Senhor deu-lhe poder, e Sansão destroçou a fera com as próprias mãos, como se matasse um cabrito” (Juízes 14:6).

IV. Josué liderava uma batalha contra os amalequitas, mas o Sol estava se pondo. Como não queria lutar no escuro, o hebreu pediu ajuda divina – e o Sol ficou no céu (Josué 10:13).

V. Para fugir do Egito, os hebreus precisavam atravessar o mar Vermelho. E não tinham navios. Moisés ergueu seu bastão e as águas do mar se dividiram. Após a passagem dos hebreus, o profeta deixou que as ondas se fechassem sobre os exércitos do faraó (Êxodo 14; 21-30).

Para saber mais

A Bíblia: Uma Biografia

Karen Armstrong, Jorge Zahar Editora, 2007.

Who Wrote the Bible?

Richard Elliott Friedman, HarperOne, 1997.

Edson Rocha M\ M\

A\R\L\S\Os Templários Nº2722

GOB\GOSP\R\E\A\A\

www.ostemplarios. org.br

Quem escreveu a=Bíblia?

A história de Deus foi escrita pelos homens. Mas quem é o autor do livro mais influente de todos os tempos? As respostas s=E3o surpreendentes - e vão mudar sua maneira de ver as Escrituras

por Texto José Francisco Botelho

Em algum lugar do =riente Médio, por volta do século 10 a.C., uma pessoa decidiu escrever um livro. Pegou uma pena, nanquim e folhas de papiro (uma planta importada do Egito) = começou a contar uma história mágica, diferente de tudo o que já havia sido escrito. Era tão forte,=mas tão forte, que virou uma obsessão. Durante os 1 000 anos seguintes, outras pe=soas continuariam reescrevendo, rasurando e compilando aquele texto, que viria a=se tornar o maior best seller de todos os tempos: a Bíblia. Ela apresentou uma teoria para o surgimento do homem, trouxe os fundamentos =o judaísmo e do cristianismo, influenciou o surgimento do islã, mudou a <= href="http://supermundo.abril.com.br/busca/?qu=hist%F3ria" target="=self">história da arte – sem a Bíblia, não existiriam os afrescos de Michelangelo nem os quadros de Leonardo da =inci – e nos legou noções básicas da vida moderna, como os direitos =umanos e o livre-arbítrio. Mas quem escreveu, afinal, o livro mais importante que a humanidade já viu? Quem eram e o que pensavam essas pessoas? Como criaram o enredo, e quem ditou a voz e o estilo de Deus ? O que está na Bíblia deve ser levado ao pé da letra, o que até ho=e provoca conflitos armados? A resposta tradicional você já conhece: segundo a tr=dição judaico-cristã , o autor da Bíb=ia é o próprio Todo-Poderoso. E ponto final. Mas a verdade é um pouco mais com=lexa que isso.

A própria Igr=ja admite que a revelação divina só veio até nós por meio de mãos =umanas. A palavra do Senhor é sagrada, mas foi escrita por reles mortais. Como não sobraram vestígios nem evidências concret=s da maioria deles, a chave para encontrá-los está na própria Bíbli=. Mas ela não é um simples livro: imagine as Escrituras como uma biblioteca inteira, que guarda textos montad=s pelo tempo, pela história e pela fé. Aliás, o termo “<=pan style="color:windowtext;background:#21B0F4;text-decoration:none;">B=EDblia”, que usamos no singular, vem do plural grego ta biblia ta hagia – “os livros sagrados”. A tradição religiosa sempre sustentou=que cada livro bíblico foi escrito por um autor claramente identificável. Os 5 primeir=s livros do Antigo Testamento (que no judaísmo se chamam Torá e no catoli=ismo Pentateuco) teriam sido escritos pelo profeta Moisés por volta de 1200 a.=. Os Salmos seriam obra do rei Davi, o autor de Juízes seria o profeta Samuel,=e assim por diante. Hoje, a maioria dos estudiosos acredita que os livros sagrados foram um trabalho coletivo. E há uma boa explicação para iss=.

As histórias da =a href="http://supermundo.abril.com.br/busca/?qu=B%EDblia" target="_=elf">Bíblia derivam de lendas surgidas na chamada Terra de Canaã, que hoje correspond= a Líbano, Palestina, Israel e pedaços da Jordânia, do Egito e da Síri=. Durante séculos acreditou-se que Canaã fora dominada pelos hebreus. Mas descobe=tas recentes da arqueologia revelam que, na maior parte do tempo, Canaã não=foi um Estado, mas uma terra sem fronteiras habitada por diversos povos – os hebreus eram apenas uma entre muitas tribos que andavam por ali. Por isso, =ua cultura e seus escritos foram fortemente influenciadas por vizinhos como os cananeu=, que viviam ali desde o ano 5000 a.C. E eles não foram os únicos a influ=nciar as histórias do livro sagrado.

As raízes da á=vore bíblica também remontam aos sumérios, antigos habitantes do atual Iraque, que no 3o milênio a.C. es=reveram a Epopéia de Gilgamesh. Essa história, protagonizada pelo semideus Gilgamesh, menciona uma enchente que devasta o mundo (e da qual algumas pessoas se salvam construindo um barco). Notou semelhanças com a Bíblia e seus textos sobre o dilúvio, a arca de Noé= o fato de Cristo ser humano e divino ao mesmo tempo? Não é mera coincidência. &=8220;A Bíblia era uma obra aberta, com influências de muitas culturas”, afirma o especialista em história antiga Anderson Zalewsky Vargas, da UFRGS. <=o>

Foi entre os séc=los 10 e 9 a.C. que os escritores hebreus começaram a colocar essa sopa multicultural no papel. Isso aconte=eu após o reinado de Davi, que teria unificado as tribos hebraicas num peque=o e frágil reino por volta do ano 1000 a.C. A primeira versão das Escritura= foi redigida nessa época e corresponde à maior parte do que hoje são o G=EAnesis e o Êxodo. Nesses livros, o tema principal é a relação passional (e à= vezes conflituosa) entre Deus e os homens. Só que, logo no começo da Beeblia, =á existiu uma divergência sobre o papel do homem e do Senhor na hist=F3ria toda. Isso porque o personagem principal, Deus, é tratado por dois nomes diferentes.

Em alguns trechos =le é chamado pelo nome próprio, Yahweh – traduzido em português como Javé ou Jeová. É um trat=mento informal, como se o autor fosse íntimo de Deus. Em outros pontos, o Todo-Poderoso é chamado de Elohim, um título respei=oso e distante (que pode ser traduzido simplesmente como “Deus&=8221;). Como se explica isso? Para os fundamentalistas, não tem conversa: Moisé= escreveu tudo sozinho e usou os dois nomes simplesmente porque quis. Só q=e um trecho desse texto narra a morte do próprio Moisés. Isso indica que ele=não é o único autor. Os historiadores e a maioria dos religiosos aceitam outra : esses textos tiveram pelo menos outros dois editores.

Acredita-se que os=trechos que falam de Javé sejam os mais antigos, escritos numa época em que a religiosidade era menos formal=. Eles contêm uma passagem reveladora: antes da criação do mundo, “Yah=eh não derramara chuva sobre a terra, e nem havia homem para lavrar o solo”. Essa frase, “não havia homem para lavrar o solo”, indica que,=na primeira versão da Bíblia, o homem não era apenas mais uma criação d= Deus – ele desempenha um papel ativo e fundamental na história</=PAN> toda. “Nesse relato, o homem é co-criador do mundo”, diz o te=F3logo Humberto Gonçalves, do Centro Ecumênico de Estudos Bíblicos, no Rio G=ande do Sul.

Pelo nome que usa =ara se referir a Deus (Javé), o autor desses trechos foi apelidado de Javista. Já o outro aut=r, que teria vivido por volta de 850 a.C., é apelidado de Eloísta. Mais sisudo=e religioso, ele compôs uma narrativa bastante diferente. Ao contrário do=Deus-Elohim levou 6 (e descansou no 7o). Nessa história, a criação é um ato exclusivo de Deus, e o homem surge apenas no 6o dia, junto aos animais.

Tempos mais tarde,=os dois relatos foram misturados por editores anônimos – e a narrativa do Eloísta, mais comportada= foi parar no início das Escrituras. Começando por aquela frase incrivelment= simples e poderosa, notória até entre quem nunca leu a Bíblia : “E, no início, Deus criou o céu e a terra...”

Em 589 a.C., Jerus=lém foi arrasada pelos babilônios, e grande parte da população foi aprisionada e levada para o atual Iraqu=. Décadas depois, os hebreus foram libertados por Ciro, senhor do Império=Persa – um conquistador “esclarecido”, que tinha tolerância religiosa. Aos poucos, os hebreus retornaram a Canaã – mas com sua =é transformada. Agora os sacerdotes judaicos rejeitavam o politeísmo e dizi=m que Javé era o único e absoluto deus do Universo. “O monoteísmo pode ter surgido pelo contato com os per=as – a religião deles, o masdeísmo, pregava a existência d= um deus bondoso, Ahura Mazda, em constante combate contra um deus maligno, Arimã. Essa noção se reflete até na idéia cristã de um=combate entre Deus e o Diabo”, afirma Zalewsky, da UFRGS.

A versão final d= Pentateuco surgiu por volta de 389 a.C. Nessa época, um religioso chamado Esdras liderou um grupo de sacerdo=es que mudaram radicalmente o judaísmo – a começar por suas escritur=s. Eles editaram os livros anteriores e escreveram a maior parte dos livros Deuteronômio, Números, Levítico e também um dos pontos altos da Deus acima de todas as coisas” é o primeiro manda=ento), a reforma conduzida por Esdras impunha leis religiosas bem rígidas, como = proibição do casamento entre hebreus e não-hebreus. Algumas das leis encontradas no Levítico se assemelham à ética moderna dos direitos hu=anos: “Se um estrangeiro vier morar convosco, não o maltrates. Ama-o como=se fosse um de vós”.

Outras passagens, =o entanto, descrevem um Senhor belicoso, vingativo e sanguinário, que ordena o extermínio de cidades i=teiras – mulheres e crianças incluídas. “Se a religião</=PAN> prega a compaixão, por que os textos sagrados têm tanto ódio?”,=pergunta a historiadora americana Karen Armstrong, autora de um novo e provocativo estudo sobre a Bíblia. Para os especialistas, a violência do Antigo Testamento é fruto dos séculos de guerras com os assírios e os babil=F4nios. Os autores do livro sagrado foram influenciados por essa atmosfera de =F3dio, e daí surgiram as histórias em que Deus se mostra bastante violento e até cruel. Os redatores da Bíblia estavam extravasando sua angústia.

Por volta do ano 2=0 a.C., o cânone (conjunto de livros sagrados) hebraico já estava finalizado e começou a se alastrar =elo Oriente Médio. A primeira tradução completa do Antigo Testamento é =essa época. Ela foi feita a mando do rei Ptolomeu 2o em Alexandria, no Egito, grande ce=tro cultural da época. Segundo uma lenda, essa tradução (de hebraico para=grego) foi realizada por 72 sábios judeus. Por isso, o texto é conhecido como Septuaginta. Além da tradução grega, também surgiram versões do A=tigo Testamento no idioma aramaico – que era uma espécie de língua fra=ca do Oriente Médio naquela época.

Dois séculos mai= tarde, a Bíblia em aramaico estava bombando: ela era a mais lida na Judéia, na Samária = na Galiléia (províncias que formam os atuais territórios de Israel e da Palestina). Foi aí que um jovem judeu, grande personagem desta his=ória, começou a se destacar. Como Sócrates, Buda e outros pensadores que muda=am o mundo, Jesus de Nazaré nada deixou por escrito – os primeiros texto= sobre ele foram produzidos décadas após sua morte.

E o cristianismo j=E1 nasceu perseguido: por se recusarem a cultuar os deuses oficiais, os cristãos eram considerados subversivos pelo Império Romano, que dominava boa parte do Oriente Médi= desde o século 1 a.C. Foi nesse clima de medo que os cristãos passaram a colo=ar no papel as histórias de Jesus, que circulavam em aramaico e também em coi=é – um dialeto grego falado pelos mais pobres. “Os cristãos que=iam compreender suas origens e debater seus problemas de identidade”, diz=o teólogo Paulo Nogueira, da Universidade Metodista de São Paulo. Para fa=er isso, criaram um novo gênero literário: o evangelho. Esse termo, que ve= do grego evangélion (“boa-nova”), é um tipo de narrativa relig=osa contando os milagres, os ensinamentos e a vida do Messias.A maioria dos evan=elhos escritos nos séculos 1 e 2 desapareceu. Naquela época, um “livro” era um amontoado de papiros avulsos, enrolados em forma de pergaminho, pode=do ser facilmente extraviados e perdidos. Mas alguns evangelhos foram copiados=e recopiados à mão, por membros da Igreja. Até que, por volta do século 4, tomaram o formato de códice – u= conjunto de folhas de couro encadernadas, ancestral do livro moderno. O problema é que, a essa altura do campeonato, gerações e ge=ações de copiadores já haviam introduzido alterações nos textos originais R=1; seja por descuido, seja de propósito. “Muitos erros foram feitos nas c=F3pias, erros que às vezes mudaram o sentido dos textos. Em certos casos, tais er=os foram também propositais, de acordo com a teologia do escrivão”, =firma o padre e teólogo Luigi Schiavo, da Universidade Católica de Goiás. Que= ver um exemplo?

Sabe aquela famosa=cena em que Jesus salva uma adúltera prestes a ser apedrejada? De acordo com especialistas, esse trecho foi inse=ido no Evangelho de João por algum escriba, por volta do século 3. Isso por=ue, na época, o cristianismo estava cortando seu cordão umbilical com o juda=EDsmo. E apedrejar adúlteras é uma das leis que os sacerdotes-escritor es ju=eus haviam colocado no Pentateuco. A introdução da cena em que Jesus salva a adú=tera passa a idéia de que os ensinamentos de Cristo haviam superado a Torá &=8211; e, portanto, os cristãos já não precisavam respeitar ao pé da letra=todos os ensinamentos judeus.

A julgar pelo úl=imo livro da Bíblia cristã, o Apocalipse (que descreve o fim do mundo), o receio de ter suas narrativas “editadas” era comum entre os autores do Novo Testamento. No versículo 18, lê-se uma terrível ameaça: “Se a=guém fizer acréscimos às páginas deste livro, o castigará com as pragas descritas aqui”. Essa ameaça reflete be= o clima dos primeiros séculos do cristianismo: uma verdadeira baderna teol=F3gica, com montes de seitas defendendo idéias diferentes sobre Deus e o Messias. A seita dos docetas, por exemplo, acreditava que Jesus não t=ve um corpo físico. Ele seria um espírito, e sua crucificação e morte n=E3o passariam – literalmente – de ilusão de ótica. Já os ebionistas acr=ditavam que Jesus não nascera Filho de Deus, mas fora adotado, já adulto, pelo Senhor. A primeira tentativa de organiz=r esse caos das Escrituras ocorreu por volta de 142 – e o responsável=não foi um clérigo, mas um rico comerciante de navios chamado Marcião.</ =>

A <=pan style="color:windowtext;background:#21B0F4;text-decoration:none;">B=EDblia segundo Marcião <=span>

Ele nasceu na atua= Turquia, foi para Roma, converteu-se ao cristianismo, virou um teólogo influente e resolveu monta= sua própria seleção de textos sagrados. A Bíblia de Marcião era bem diferente da que conhecemos hoje. Isso porque ele simpatizava com uma seita cristã hoje desaparecida, o gnosticismo. Para o= gnósticos, o Deus do Velho Testamento não era o mesmo que enviara Je=us – na verdade, as duas divindades seriam inimigas mortais. O Deus</=PAN> hebraico era monstruoso e sanguinário, e controlava apenas o mundo materi=l. Já o universo espiritual seria dominado por um Deus bondoso, o pai de Jesus. A Bíblia editada por Marcião continha apenas o Evangelho de João, 11 cartas de P=ulo e nenhuma página do Velho Testamento. Se as idéias de Marcião tivessem =riunfado, hoje as histórias de Adão e Eva no paraíso, a arca de Noé e a trave=sia do mar Vermelho não fariam parte da cultura ocidental. Mas, por volta de 170, o gnosticismo foi declarado proibido pela= autoridades eclesiásticas, e o primeiro editor da Bíblia

Roma, até entã= pior inimiga dos cristãos, ia se rendendo à nova fé. Em 313, o imperador romano Constantino se aliou à=Igreja. Ele pretendia usar a força crescente da nova religião =eus. Ali, surgiu o cânone do cristianismo – a lista oficial de livros qu=, segundo a Igreja, realmente haviam sido inspirados por Deus=/a>.

“A escolha t=mbém era política. Um grupo afirmou seu poder e autoridade sobre os outros”, diz o padre Luigi. Esse grup= era o dos cristãos apostólicos, que ganharam poder ao se aliar com o Im=ério Romano. Os apostólicos eram, por assim dizer, o “partido do governo”. E por isso definiram o que iria entrar, ou ser eliminado, d=s Escrituras.

Eles escolheram os=evangelhos de Marcos, Mateus, Lucas e João para representar a biografia oficial de Cristo, enquanto as inven=E7ões dos docetas, dos ebionistas e de outras seitas foram excluídas, e seus au=ores declarados hereges. Os textos excluídos do cânone ganharam o nome de “apócrifos” – palavra que vem do grego apocrypha, ̶=;o que foi ocultado”. A maioria dos apócrifos se perdeu – afinal=de contas, os escribas da Igreja não estavam interessados em recopiá-los para a posteridade. Mas, com o surgimento da arqueologia, no século 19, pedaço= desses textos foram encontrados nas areias do Oriente Médio. É o caso de um po=êmico texto encontrado em 1886 no Egito. Ele é assinado por uma certa “Maria” que muitos acreditam ser a Madalena, discípula de Jes=s, presente em vários trechos do Novo Testamento. O evangelho atribuído a =la é bem feminista: Madalena é descrita como uma figura tão importante quant= Pedro e os outros apóstolos. Nos primórdios do cristianismo, as mulheres eram=aceitas no clero – e eram, inclusive, consideradas capazes de fazer profecias=. Foi só no século 3 que o sacerdócio virou monopólio masculino, o qu= explicaria a censura da apóstola e seu testemunho. Aliás, tudo indica que Madalena=não foi prostituta – idéia que teria surgido por um erro na interpretaç=E3o do livro sagrado. No ano 591, o papa Gregório fez um sermão dizendo que Madalena=e outra mulher, também citada nas Escrituras e essa sim ex-pecadora, na verdade s=riam a mesma pessoa (em 1967, o Vaticano desfez o equívoco, limpando a reputa=E7ão de Maria).

Na evolução da=Bíblia, foram aparecendo vários trechos machistas – e suspeitos. É o caso=de uma passagem atribuída ao apóstolo Paulo: “A mulher aprenda (...) com=toda a sujeição. Não permito à mulher que ensine, nem que tenha domínio =obre o homem (...) porque Adão foi formado primeiro, e depois Eva”. É prováv=l que Paulo jamais tenha escrito essas palavras – porque, na época em que=ele viveu, o cristianismo não pregava a submissão da mulher. Acredita-se qu= essa parte tenha sido adicionada por algum escriba por volta do século 2.</ =>

Após a convers=E3o do imperador Constantino, o eixo do cristianismo se deslocou do Oriente Médio para Roma. Só que, para compl=tar a romanização da fé, faltava um passo: traduzir a palavra de Deus para o latim. A missão coube ao teólogo Eusebius Hyeronimus, que mais t=rde viria a ser canonizado com o nome de são Jerônimo. Sob ordens do papa D=maso, ele viajou a Jerusalém em 406 para aprender hebraico e traduzir o Antigo = o Novo Testamento. Não foi nada fácil: o trabalho durou 17 anos.</ =PAN>

Daí saiu a Vulga=a, a Bíblia latina, que até hoje é o texto oficial da Igreja Católica. Essa é a Bíblia que todo mundo conhece. “A Vulgata foi o a=icerce da Igreja no Ocidente”, explica o padre Luigi. Ela é tão influente, mas t=E3o influente, que até seus erros de tradução se tornaram clássicos. Ao=traduzir uma passagem do Êxodo que descreve o semblante do profeta Moisés, são=Jerônimo escreveu em latim: cornuta esse facies sua, ou seja, “sua face tinha chifres”. Esse detalhe esquisito foi levado a sério por artistas co=o Michelangelo – sua famosa escultura representando Moisés, hoje expo=ta no Vaticano, está ornada com dois belos corninhos. Tudo porque Jerônimo tr=peçou na palavra hebraica karan, que pode significar tanto “chifre” quanto “raio de luz”. A tradução correta está na Septuagi=ta: o profeta tinha o rosto iluminado, e não chifrudo. Apesar de erros como esse, a Vul=ata reinou absoluta ao longo da Idade Média – durante séculos, não =ouve outras traduções.

O único jeito de=disseminar o livro sagrado era copiá-lo à mão, tarefa realizada pelos monges copistas. E=es raramente saíam dos mosteiros e passavam a vida copiando e catalogando manuscritos antigos. Só que, às vezes, também se metiam a fazer o pap=l de autores.

Após a queda do =mpério Romano, grande parte da literatura da Antiguidade grega e romana se perdeu – foi graças=ao trabalho dos monges copistas que livros como a Ilíada e a Odisséia cheg=ram até nós. Mas alguns deles eram meio malandros: costumavam interpolar textos n=s Escrituras Sagradas para agradar a reis e imperadores. No século 15, por exemplo, monges espanhóis trocaram o termo “babilônios” por “infiéis” no texto do Antigo Testamento – um truque par= atacar os muçulmanos, que disputavam com os espanhóis a posse da península I=érica.

Escrituras=em série =/p>

Tudo isso mudou ap=F3s a invenção da imprensa, em 1455. Agora ninguém mais dependia dos copistas para multiplicar os exemplares d= Bíblia. Por isso, o grande foco de mudanças no texto sagrado passou a ser outro: =s traduções.Em 1522, o pastor Martinho Lutero usou a imprensa para divulg=r em massa sua tradução da Bíblia, que tinha feito direto do hebraico e do grego para o alemão. Era a primei=a vez que o texto sagrado era vertido numa língua moderna – e a nova vers=E3o trouxe várias mudanças, que provocavam a Igreja (veja quadro na pág. 65). Logo depois um britânico, William Tyndale, ou=ou traduzir a Bíblia para o inglês. No Novo Testamento, ele traduzi= a palavra ecclesia por “congregação”, em vez de “ igr=ja”, o termo preferido pelas traduções católicas. A mudança nessa palavr=nha era um desafio ao poder dos papas: como era protestante, Tyndale tinha suas diferenças c=m a Igreja. Resultado? Ele foi queimado como herege em 1536. Mas até hoje seu trabalh= é referência para as versões inglesas do livro sagrado.

A Bíblia chegou ao nosso idioma em 1753 – quando foi publicada sua primeira tradução completa para o português, feita pelo protestante João Fer=eira de Almeida. Hoje, a tradução considerada oficial é a feita pela Confer=EAncia Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e lançada em 2001. Ela é considera=a mais simples e coloquial que as traduções anteriores. De lá para cá, a <= href="http://supermundo.abril.com.br/busca/?qu=B%EDblia" target="_s=lf">Bíblia ganhou o mundo e as línguas. Já foi vertida para mais de 300 idiomas e =ontinua um dos livros mais influentes do mundo: todos os anos, são publicadas 11 milhões de cópias do texto integral, e 14 milhões só do Novo Testam=nto.

Depois de tantos s=E9culos de versões e contra-versões, ainda não há consenso sobre a forma certa de traduzi-la. Alguns buscam traduções mais próximas do sentido e da época original – como=as passagens traduzidas do hebraico pelo lingüista David Rosenberg na obra O=Livro de J, de 1990. Outros acham que a Bíblia deve ser modernizada para atrair leitores. O lingüista Eugene Nida, que v=rteu a Bíblia na década de 1960, chegou ao extremo de traduzir a palavra “sestércios”, a antiga moeda romana, por “dólaresR=1;. Em 2008, duas versões igualmente ousadas estão agitando as Escrituras: a G=een Bible (“Bíblia Verde”, ainda sem versão em português)= que destaca 1 000 passagens relacionadas à ecologia – como o momento em=que Jó fala sobre os animais –, e a Bible Illuminated (‘<=pan style="color:windowtext;background:#21B0F4;text-decoration:none;">B=EDblia Iluminada”, em inglês), com design ultramoderno e fotos de celebrid=des como Nelson Mandela e Angelina Jolie.

A Bíblia se transforma, mas uma coisa não muda: cada pessoa, ou grupo de pessoas, = interpreta de uma maneira diferente – às vezes, com propósitos equivocados. Em pleno século 21, pastores fundamentalistas tentam proibir=o ensino da Teoria da Evolução nas escolas dos EUA, sendo que a p=ópria Igreja aceita as teorias de Darwin desde a década de 1950. Líderes como o past=r Jerry Falwell defendem o retorno da escravidão e o apedrejamento de adúlteros= e no Oriente Médio rabinos extremistas usam trechos da Torá para justificar = ocupação de terras árabes. Por quê? Porque está na Bíblia<=span>, dizem os radicais. Não é nada disso. Hoje, os principais estudiosos afi=mam que a Bíblia não deve ser lida como um manual de regras literais – e sim como o =elato da jornada, tortuosa e cheia de percalços, do ser humano em busca de Deu=. Porque esse é, afinal, o verdadeiro sentido dessa árvore de histórias=regada há 3 mil anos por centenas de mãos, cabeças e corações humanos: a cren=E7a num sentido transcendente da existência.

Top 5 pragas

I. Quando os hebreus e=am escravos no Egito, o Senhor enviou 10 pragas contra os opressores do povo escolhido. A primeira delas f=i transformar toda a água do país em sangue (Êxodo 7:21).

II. Como o faraó n=E3o libertava os hebreus, o Senhor radicalizou: matou, numa só noite, todos os primogênitos do Egito. R=0;E houve grande clamor no país, pois não havia casa onde não houvesse um morto” (Êxodo 12:30).

III. Desgostoso com os=pecados de Sodoma e Gomorra, Deus destruiu as duas cidades com uma chuvarada de fogo e enxofre (Gênesis 19:=4).

IV. Para punir as deso=ADbediências do rei Davi, o Senhor enviou uma doença não identificada, que matou 70 mil homens e 200 mil m=lheres e crianças (2 Samuel, 24: 1-13).

V. Quando a nação =os filisteus roubou a arca da Aliança, onde estavam guardados os 10 Mandamentos, o Sen=or os castigou com um surto de hemorróidas letais. “Os intestinos lhes sa=EDam para fora e apodreciam” (1 Samuel 5:9) .

Os possíveis autores

1200 a.C. - Moisés

Segundo uma lenda juda=ca, a Torá (obra precursora da Bíblia) teria sido escrita por ele. Mas há controvérsias, pois existe um=trecho da Torá que diz: “Moisés morreu e foi sepultado pelo Senhor pró=imo a Fegor”. Ora, se Moisés é o autor do texto, como ele poderia ter r=latado a própria morte?

1000 a.C. - Javista

Viveu na corte do rei =avi, no antigo reino de Israel, e era um aristocrata. Ou, quem sabe, uma aristocrata: para o crítico Harold Bloom, Javista era mulher. Isso porque os personagens femininos da <=pan style="color:windowtext;background:#21B0F4;text-decoration:none;">B=EDblia (Eva e Sara, por exemplo) são muito mais elaborados que os masculinos. =/o>

Século 4 a.C. - Esdras

Líder religioso que =eformou o judaísmo e possível editor do Pentateuco (5 primeiros livros da Bíblia). Vários trechos bíblicos editados por ele pregam a violência: “D=rrubareis todos os altares dos povos que ides expropriar, queimareis as casas, e muda=eis os nomes desses lugares”.

Século 1 - PauloNunca viu Cristo pesso=lmente, mas foi o primeiro a escrever sobre ele. Nascido na Turquia, Paulo viajou e fundou igrejas pelo Oriente Médio. Ele escrevia cartas para essas igrejas, contando a incrí=el aventura de um tal Jesus – que foi crucificado e ressuscitou. <=p>

Século 1 - Maria Madalena

Estava entre os disc=EDpulos favoritos de Jesus – e, diferentemente do que o Vaticano sustentou durante séculos, nunca foi prostituta. Pelo contrário: tinha influência no cristianismo e é a su=osta autora do Apócrifo de Maria, um livro em que fala sobre sua relação pessoal com Jesus e divulga os ensinament=s dele.

Século 1 - João

Escreveu o 4o evangelh= do Novo Testamento (João) e o Livro do Apocalipse, o último da Bíblia. Para ele, Jesus não é apenas um messias – é um ser sobrenatural= a própria encarnação de Deus. Essa interpretação mística marca a ruptura de=initiva entre judaísmo e fé cristã.

Século 5 - Jerônimo

Nascido no territóri= da atual Hungria, este padre foi enviado a Jerusalém com uma missão importantíssima: traduzir a =span style="color:windowtext;background:#21B0F4;text-decoration:none;">B=EDblia do grego para o latim. Cometeu alguns erros, como dizer que o profeta Mois=E9s tinha chifres (uma confusão com a palavra hebraica karan, que na verdade significa “raio de luz”).

Século 16 - William Tyndale

Possuir trechos da B=EDblia em qualquer idioma que não fosse o latim era crime. O professor Tyndale nã= quis nem saber, traduziu tudo para o inglês, e acabou na fogueira. Mas seu tra=alho foi incrivelmente influente: é a base da chamada “Bíblia do Rei James”, até hoje a tradução mais lida nos países de língua =nglesa.

Top 5 matanças

I. Um grupo de meninos=malcriados zombou da calvície do profeta Eliseu. Pra quê! Na hora, dois ursos famintos saíram de um bosq=e e comeram as crianças (2 Reis 2:24).

II. Cercado por um ex=E9rcito de filisteus, o herói Sansão apanhou a mandíbula de um jumento morto. Usando o osso como arma, ele mas=acrou mil inimigos (Juízes, 15:16).

III. O profeta Elias c=nvidou os sacerdotes do deus Baal para uma competição de orações. Era uma armadilha: Elias incit=u o povo, que linchou os pagãos (1 Reis 18:40).

VI. Os judeus haviam p=rdido a fé e começaram a adorar um bezerro de ouro. Moisés ficou furioso e mandou sacerdotes levitas matar 3=mil infiéis (Êxodo 32:19).

V. A nação dos ama=equitas disputava o território de Canaã com os judeus. O Senhor ordena que todo= os amalequitas sejam chacinados (1 Samuel 15:18).

Top 5 satanagens

I. Após a destruiç=E3o de Sodoma, os únicos sobreviventes eram Ló e suas duas filhas. As filhas de Lot embebedaram o pai e tiveram =om ele a noite mais incestuosa da Bíblia (Gênesis 19:31).

II. O Cântico dos C=E2nticos, atribuído ao rei Salomão, é altamente erótico. Um dos trechos: “Teu corpo é como a palmeira, = teus seios, como cachos de uvas” (Cânticos 7:7).

III. Os anjos do Senho= tiveram chamegos ilícitos com mulheres mortais. “Vendo os Filhos de Deus que as filhas dos homens eram formosas, tomaram-nas como mulheres, tantas quanto desejaram” (Gênesis 6:2).

IV. A Bíblia diz que os antigos egípcios eram muito bem-dotados. Após a fuga para Ca=aã, a judia Ooliba tem saudades dos tempos em que se prostituía no Egito. Tudo =orque “seus amantes (...) ejaculavam como cavalos” (Ezequiel 23:20).<=>

V. O hebreu Onã caso= com a viúva de seu irmão, mas não conseguia fazer sexo com ela – preferia o p=azer solitário. Do nome dele vem o termo “onanismo”, que significa masturbação (Gênesis 38:9).

As história da história

Como o livro sagrad= evoluiu ao longo dos tempos

Tanach - Século 5 a.C.

É a Bíblia judaica, e tem 3 livros: Torá (palavra hebraica que significa “lei”), Nebiim (“profetas”) e Ketuvim (“escritos”). É parecida com a Bíblia atual, pois os católicos copiaram seus escritos. Contém as sementes do monoteísmo e da ética religiosa, mas também pregações de violên=ia. A primeira das bíblias tem trechos ambíguos e misteriosos – algumas passagen= dão a entender que Javé não é o único deus do Universo.

Septuaginta - Século 3 a.C.

O Oriente Médio era =ominado pelos gregos e pelos macedônios. Muitos judeus viviam em cidades de cultura grega, como Alexandria, e desejavam adaptar sua religião

Novo Testamento - Século 1

A língua do Antigo T=stamento é o hebraico, mas o Novo Testamento foi escrito num dialeto grego chamado coiné. Contém os relat=s sobre vida, milagres, morte e ressurreição de Jesus – os evangelhos. Em=alguns trechos, vai deixando evidente a divergência entre cristianismo e judaí=mo. É o caso, por exemplo, do Evangelho de João, em que Jesus é descrito como u=a encarnação de Deus (coisa na qual os judeus não acreditavam) . =/o>

Católica - Século 4

Seus autores decidiram=incluir 7 livros que os judeus não reconheciam. São os chamados Deuterocanônicos: Tobias, Judite, Sabedori=, Eclesiástico, Baruque, Macabeus 1 e 2 (mais trechos dos livros Daniel e E=ter). A Bíblia católica bate na tecla do monoteísmo: a palavra hebraica Elohim, usada =a Tanach para designar a divindade, é o plural de El, um deus cananeu. Mas foi traduzida no singular e virou “Senhor”. =/p>

Ortodoxa - Por volta do século 4

É baseada na Septuag=nta, mas também inclui livros considerados apócrifos por católicos e protestantes: Esdras 1, Macabeus=3 e 4 e o Salmo 151. A tradução é mais exata (nesta Bíblia, Moisés nunca teve chifres, um erro de tradução introduzido pela =íblia latina), e os escritos não são levados ao pé da letra: para os ortodo=os, o que conta são as interpretações do texto bíblico, feitas por teólogos=ao longo dos séculos.

Protestante - Século 16

Ao traduzir a Bíblia=para o alemão, Martinho Lutero excluiu os livros Deuterocanônicos e mudou algu=as coisas. Um exemplo é a palavra grega metanoia, que na Bíblia católica=significa “fazer penitência” – uma referência à confissão d=s pecados, um dos sacramentos católicos. Já Lutero traduziu metanoia como “r=viravolta”. Para ele, confessar os pecados era inútil. O importante era transformar a=vida pela fé.

Top 5 milagres

I. O maior de todos os=milagres divinos foi o primeiro: a Criação do mundo, pelo poder da palavra. “E Deus disse: que haja luz. E houve luz” (Gênesis 1:3).

II. Para dar-lhe uma a=ostra de seus poderes, o Senhor leva Ezequiel a um campo cheio de esqueletos – e os traz de volta à vida=. “O vento do Senhor soprou neles, e viveram” (Ezequiel, 37; 1-28=.

III. Graças à ben=E7ão divina, o herói Sansão tinha a força de muitos homens. Certa vez, foi atacado por um leão. “O espírito=do Senhor deu-lhe poder, e Sansão destroçou a fera com as próprias mão=, como se matasse um cabrito” (Juízes 14:6).

IV. Josué liderava u=a batalha contra os amalequitas, mas o Sol estava se pondo. Como não queria lutar no escuro, o hebreu pediu ajud= divina – e o Sol ficou no céu (Josué 10:13).

V. Para fugir do Egito= os hebreus precisavam atravessar o mar Vermelho. E não tinham navios. Mois=E9s ergueu seu bastão e as águas do mar se dividiram. Após a passagem dos=hebreus, o profeta deixou que as ondas se fechassem sobre os exércitos do faraó =Êxodo 14; 21-30). 

aurtoria

Edson Rocha M\ M<=pan style="font-family:Symbol;">\ =/o>

A\R\L\< i>S\Os Templ=E1rios Nº2722

GOB\</=PAN>GOSP\R\< i>E\A=span style="font-family: Symbol;">\A\< span>

www.ostemplarios. org.br< i>

QUALQUER MENSAGEM ENVIADA NÃO NESCESSÁRIAMENTE REPRESENTA A MINHA OPINIÃO PESSOAL.  POIS, QUANDO POSTO MENSAGENS, POSTO COM O INTUITO DIVIDIR UM TEXTO RECEBIDO." Itamar Gonçalves Franco

Minhas Saudações, e o meu TFA.

ITAMAR GONÇALVES FRANCO

Curitiba -  Paraná - Brasil

ifranco33@yahoo.com.br

-   R&C  –  G.L.L.P./T.O.M.'.      -    A.R.L.S.  EM QUITE  PLACET.'.

"Dê atenção à sua consciência e não à sua reputação. A consciência é o que você é.  O que pensam de você é problema deles."

 

 

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De: cherris furtado

Data: 18/03/2015 11:44:24

!!!.......... ESSE MÉDICO FOI FUNDO

Prezados, Boa Quarta  !
Multiplicando
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Cherris Furtado
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From: irmakruftkonig
ESSE MÉDICO FOI FUNDO
Date: Wed, 18 Mar 2015 00:05:18 +0300


Date: Tue, 17 Mar 2015 09:32:01 -0300
Subject: Fwd: ESSE MÉDICO FOI FUNDO
From: waldirreny

De: gcsluger@gmail.com
Quinta-feira, 26 de Fevereiro de 2015 16:05
ESSE MÉDICO FOI FUNDO

E TODOS NÓS DEVEMOS FAZER O MESMO.

QUE CADA UM PROCURE O LOCAL MAIS PRÓXIMO PARA PARTICIPAR.

 

Prezados, Boa Quarta  !
Multiplicando
At
Cherris Furtado
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Date: Sat, 14 Mar 2015 16:09:08 +0000
From: ladiasborges
To: cherris_furtado
zzzZzzzZZZZzzz...

No dia mundial do sono,

veja dicas para dormir melhor

Especialistas americanos criaram nova tabela com recomendações de duração do sono

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Depois de saber se você está dormindo o tempo necessário para sua idade, escolher o melhor travesseiro para a sua necessidade e preparar o quarto ideal para uma boa noite, confira cinco fatos sobre o sono que podem ajudar a fazer você dormir melhor.

Veja:

1) Cochilos podem amenizar prejuízos de noites mal dormidas

Uma breve soneca pode ajudar a aliviar o estresse e fortalecer o sistema imunológico de pessoas que dormiram apenas duas horas na noite anterior, afirma um estudo publicado na revista da americana Sociedade de Endocrinologia.

2) Tempo na frente da telas compromete qualidade do sonoOs adolescentes que passam muito tempo na frente das telas — seja de televisor, computador, tablet, celular, ou videogames — dormem menos horas e têm mais dificuldade para adormecer.

Uma pesquisa mostrou que os adolescentes "viciados" nesses aparelhos podem levar mais de uma hora para conseguir dormir. As chances de que isso aconteça aumentam em 49% entre os que ficam diante das telas por mais de quatro horas diárias (além do horário escolar), em comparação aos que passam menos de uma hora.

3) Jovens que dormem bem podem ter melhor memória na terceira idade

Jovens e adultos de meia-idade que dormem bem são mais propensos a ter melhor memória e aprendizagem na terceira idade — em comparação com pessoas que não têm um bom sono na juventude. A conclusão vem de um estudo publicado pela revista Perspectives on Psychological Science e realizado pela Universidade de Baylor, nos Estados Unidos.

4) Beber antes de dormir prejudica o sono

Quem já bebeu antes de dormir deve ter percebido que o álcool atua como um sedativo. Mas pesquisadores da Universidade de Melbourne, na Austrália, sugerem que essa sensação é momentânea: instantes depois de adormecer, a bebida foi associada a perturbações do sono.

5) Livro impresso é melhor do que tablet para dormir bem

Para dormir bem, é melhor ler um livro impresso do que um e-book, segundo um estudo do Brigham and Women's Hospital, de Boston. Os pesquisadores constataram ainda que os leitores de tablets dormem uma hora mais tarde do que os outros e estão menos alertas no dia seguinte – mesmo depois de oito horas de sono.

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Date: Fri, 13 Mar 2015 12:28:35 -0300
From: nanah-nascimento

O PANELAÇO DA BARRIGA CHEIA E DO ÓDIO

Oi Prima

Li e fiquei indignado!

Nem sei se esse lixo é da autoria do Juca Kfouri. Internet vc sabe como é.

Mas de qualquer forma é um texto preconceituoso, arrogante, imbecil e cheio de mágoas. Aliás, o PT sempre teve dificuldade de conviver com quem não pensa igual a eles.

Fiquei atônito por terem puxado do Panteon da Mediocridade os senhores  Claudio Lembro e Bresser Pereira.

O primeiro, um vice governador incompetente que largou a cidade de São Paulo sitiada pelo PCC. Quem tem memória que se lembre.

O segundo nem precisa dizer, é só lembrar do Plano Bresser!!!!!!!

Ah, e ainda cita, o Semler!!!! Fazendo com que os investidores, do Hotel Botanique de Campos do Jordão, se virem  na tumba!!!!

"Panela de tefal" ordinárias devem ser usadas na casa desse missivista. Assim como panelas de quinta categorial usadas na casa de um "outro" onde ele e aquela mulher cafona e incompetente comem. Eles tem dinheiro (de origem duvidosa) mas como são toscos  não sabem gastá-lo adequadamente. As minhas panelas não riscam. São Francesas,  (compradas com o meu dinheiro que não foi roubado de ninguém), de cobre puro, da marca Mauviel e, além de tudo, muito resistentes para serem batidas enquanto esse governo fracassado existir. E o barulho que fizemos não foi em  "terraço Gourmet" - que, ao meu ver, é o sonho de consumo dos Novos Ricos que são Jecas como os atuais petistas afortunados.

E pra finalizar, acho que "quem tem ódio no coração" são eles,  tentando implantar uma guerra civil.

PS: Acho que devemos protestar sim. Sair às ruas. Porém sou contra xingar a Presidente com palavrões. Afinal, ela é uma senhora  que foi eleita democraticamente. Devemos apontar os Êrros do seu governo, demonstrar o nosso descontentamento,  e respeitá-la como cidadã. Vamos pegar leve. Afinal somos a "Elite Branca". Não curtimos baderna.

Abraços/Roberto

Subject: Enc: RES: O PANELAÇO DA BARRIGA CHEIA E DO ÓDIO

Oi Roberto, tudo bem?

Recebi este e-mail de uma petista. É uma amiga, que até chegou a ficar descontente com o partido, mas atualmente, continua defendendo o mesmo. Ela sabe que eu sou PSDB, assim como outras amigas que tenho, graças a Deus a maioria!...  e para  falar a verdade, qdo. nos encontramos, evitamos falar de política. Entretanto, diante desse e-mail, fiquei incomodada, mas deixei prá lá, não respondi, mas te encaminhei p/ que tenha conhecimento do qto. eles (eu acho) é que estão mais incomodados com as manifestações e querendo se justificar a qualquer custo pela situação que estamos vivendo! O que vc acha?

Bj


As palavras do Juca Kfouri,  

Lava a alma de gente  lúcida. Pena que é de poucos, mas bons.

O PANELAÇO DA BARRIGA CHEIA E DO ÓDIO

Juca Kfouri

09/03/2015 - 12:59

<panelaço da barriga cheia e do ódio242 Juca Kfouri 09/03/2015 12:59blogdojuca.uol.com.br/2015/03/o-panelaco-da-barriga-cheia-e-do-odio/>

Nós, brasileiros, somos capazes de sonegar meio trilhão de reais de Imposto de Renda só no ano passado. 

Como somos capazes de vender e comprar DVDs piratas, cuspir no chão, desrespeitar o sinal vermelho, andar pelo acostamento e, ainda por cima, votar no Collor, no Maluf, no Newtão Cardoso, na Roseana, no Marconi Perillo ou no Palocci. 

O panelaço nas varandas gourmet de ontem não foi contra a corrupção. 

Foi contra o incômodo que a elite branca sente ao disputar espaço com esta gente diferenciada que anda frequentando aeroportos, congestionando o trânsito e disputando vaga na universidade. 

Elite branca que não se assume como tal, embora seja elite e branca. 

Como eu sou. 

Elite branca, termo criado pelo conservador Cláudio Lembo, que dela faz parte, não nega, mas enxerga. 

Como Luís Carlos Bresser Pereira, fundador do PSDB e ex-ministro de FHC, que disse:

“Um fenômeno novo na realidade brasileira é o ódio político, o espírito golpista dos ricos contra os pobres. O pacto nacional popular articulado pelo PT desmoronou no governo Dilma e a burguesia voltou a se unificar. Surgiu um fenômeno nunca visto antes no Brasil, um ódio coletivo da classe alta, dos ricos, a um partido e a um presidente. Não é preocupação ou medo. É ódio. Decorre do fato de se ter, pela primeira vez, um governo de centro-esquerda que se conservou de esquerda, que fez compromissos, mas não se entregou. Continuou defendendo os pobres contra os ricos.O governo revelou uma preferência forte e clara pelos trabalhadores e pelos pobres.Nos dois últimos anos da Dilma, a luta de classes voltou com força.Não por parte dos trabalhadores, mas por parte da burguesia insatisfeita. Quando os liberais e os ricos perderam a eleição não aceitaram isso e, antidemocraticamente, continuaram de armas em punho.E de repente, voltávamos ao udenismo e ao golpismo.”

Nada diferente do que pensa o empresário também tucano Ricardo Semler, que ri quando lhe dizem que os escândalos do mensalão e da Petrobras demonstram que jamais se roubou tanto no país.

“Santa hipocrisia”, disse ele. “Já se roubou muito mais, apenas não era publicado, não ia parar nas redes sociais”.

Sejamos francos: tão legítimo como protestar contra o governo é a falta de senso do ridículo de quem bate panelas de barriga cheia, mesmo sob o risco de riscar as de teflon, como bem observou o jornalista Leonardo Sakamoto.

Ou a falta de educação, ao chamar uma mulher de “vaca” em quaisquer dias do ano ou no Dia Internacional da Mulher, repetindo a cafajestagem do jogo de abertura da Copa do Mundo.

Aliás, como bem lembrou o artista plástico Fábio Tremonte: “Nem todo mundo que mora em bairro rico participou do panelaço. Muitos não sabiam onde ficava a cozinha”.

Já na zona leste, em São Paulo, não houve panelaço, nem se ouviu o pronunciamento da presidenta, porque faltava luz na região, como tem faltado água, graças aos bons serviços da Eletropaulo e da Sabesp.

Dilma Rousseff, gostemos ou não, foi democraticamente eleita em outubro passado.

Que as vozes de Bresser Pereira e Semler prevaleçam sobre as dos Bolsonaros é o mínimo que se pode esperar de quem queira, verdadeiramente, um país mais justo e fraterno.

E sem corrupção, é claro!


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De: MARTINS

Data: 18/03/2015 09:42:26

Recomendação médica para os joelhos...


              Bastam 3 sessões diárias de três minutos cada uma …

              Belíssimo.......Vou já tentar!


http://www.youtube.com/watch_popup?v=uUGsLoZYXb4

Degradação moral total!

Como é triste ver a degradação de 2 artistas, que eram tidas como ícones da dramaturgia brasileira, se prestarem a um papel tão ridículo como este.

Será que estão precisando tanto assim de dinheiro no final de suas vidas, que precisem fazer este papel.

lamentável o nível chulo e de baixo nível desta novela, Babilonia, degradação moral total!!

"Há momentos, em que os homens são donos de seu fado.

Não é dos astros, caro Brutus, a culpa, mas de nós mesmos, se nos rebaixamos ao papel de instrumentos."

Cássio in Julius Caesar - Shakespeare....

Em nome da arte, educação e cultura o homem é o grande criador das criaturas Deus, santo, anjo, demônio e consubstaciados congêneres; eu acho é pouco!....kkkkkkk.....

Essa estória foi com base nas lendas bíblicas; a Babilônia é o Iraque de hoje; a Globo apenas vende ilusões a semelhança das religiões; coisa pra bobo e boi manso dormir.

 

De: GLOBO

Data: 17 de março de 2015 13:02

Quem escreveu a Bíblia?

Texto José Francisco Botelho.

A história de Deus foi escrita pelos homens.

Mas quem é o autor do livro mais influente de todos os tempos?

As respostas são surpreendentes - e vão mudar sua maneira de ver as Escrituras.

Eu sempre soube disso, não precisei do auxílio de ninguém; é apenas uma questão lógica; nunca fui em onda de fé religiosa!

Religião é uma farsa; todas!

Não há necessidade de ser ateu para essa compreensão, eu mesmo não sou, assim como religioso jamais; sou sim A ENERGIA DE MINHA CONSCIÊNCIA, que me julga, diuturnamente, e quem me julgará na hora da passagem e para sempre!

O homem é o criador de criaturas folclóricas como Deus, santo, anjo, demônio e consubstanciadas congêneres!

 

De: MARTINS

Data: 18/03/2015 13:13:34

RI MUITO!!!

SE FOR DIVAR, FIQUE LONGE DOS FIOS DE ALTA TENSÃO!!!!

Se for divar, fique longe dos fios de alta tensão!

A BICHINHA QUASE MORREU, É CAPAZ ATÉ DE TER VIRADO HOMEM

 

C A I X A   E C Ô N O M I C A   F E D E R A L  - LOTERIAS

Conforme você pediu, seguem os resultados das Loterias da Caixa.

Boa Sorte!

Caixa Econômica Federal

  D U P L A S E N A

--------------------

CONCURSO : 1368

DATA : 17/03/2015

1º SORTEIO:

NÚMEROS SORTEADOS:     (por ordem de sorteio)   13   -   43   -   39   -   10   -   48   -   17

                       (por ordem crescente)    10   -   13   -   17   -   39   -   43   -   48

PREMIAÇÃO:

N° de ganhadores: 0

Rateio do prêmio: R$ 0,00

VALOR ACUMULADO 1º SORTEIO: R$ 2.346.189,40

ESTIMATIVA DO PRÊMIO (DUPLASENA)*: R$ 2.800.000,00

*PARA O PRÓXIMO CONCURSO, A SER REALIZADO 20/03/2015

2º SORTEIO:

NÚMEROS SORTEADOS:     (por ordem de sorteio)   33   -   43   -   47   -   45   -   30   -   37

                       (por ordem crescente)    30   -   33   -   37   -   43   -   45   -   47

PREMIAÇÃO:

N° de ganhadores da Sena: 2

Rateio do prêmio da Sena: R$ 109.109,84

N° de ganhadores da Quina: 81

Rateio do prêmio da Quina: R$ 2.020,55

N° de ganhadores da Quadra: 3486

Rateio do prêmio da Quadra: R$ 44,71

  Q U I N A

--------------------

Concurso : 3740

Data : 17/03/2015

NÚMEROS SORTEADOS:    (por ordem de sorteio)  17   -   52   -   77   -   73   -   45

                      (por ordem crescente)   17   -   45   -   52   -   73   -   77

VALOR ACUMULADO PARA O SORTEIO ESPECIAL DE SÃO JOÃO: R$ 74.246.768,68

ESTIMATIVA DO PRÊMIO (QUINA)*: R$ 500.000,00

*PARA O PRÓXIMO CONCURSO, A SER REALIZADO 18/03/2015

Nº de Ganhadores (Quina) : 1

Rateio do Prêmio (Quina) : R$ 1.283.521,93

Nº de Ganhadores (Quadra) : 107

Rateio do Prêmio (Quadra) : R$ 4.771,27

Nº de Ganhadores (Terno) : 7079

Rateio do Prêmio (Terno) : R$ 103,20

Confira os resultados das Loterias pelo seu celular, acesse o site da CAIXA www.caixa.gov.br direto pelo aparelho e selecione o link loterias. (http://www.caixa.gov.br)

Conheça os investimentos CAIXA: variedade e segurança para investir, sem abrir mão de boa rentabilidade. SAIBA MAIS. (http://www11.caixa.gov.br/portal/public/investidor)

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Se desejar corrigir seus dados ou se descadastrar deste serviço acesse o link -

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C A I X A   E C Ô N O M I C A   F E D E R A L  - LOTERIAS

Conforme você pediu, seguem os resultados das Loterias da Caixa.

Boa Sorte!

Caixa Econômica Federal

  Q U I N A

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Concurso : 3740

Data : 17/03/2015

NÚMEROS SORTEADOS:    (por ordem de sorteio)  17   -   52   -   77   -   73   -   45

                      (por ordem crescente)   17   -   45   -   52   -   73   -   77

VALOR ACUMULADO PARA O SORTEIO ESPECIAL DE SÃO JOÃO: R$ 74.246.768,68

ESTIMATIVA DO PRÊMIO (QUINA)*: R$ 500.000,00

*PARA O PRÓXIMO CONCURSO, A SER REALIZADO 18/03/2015

Nº de Ganhadores (Quina) : 1

Rateio do Prêmio (Quina) : R$ 1.283.521,93

Nº de Ganhadores (Quadra) : 107

Rateio do Prêmio (Quadra) : R$ 4.771,27

Nº de Ganhadores (Terno) : 7079

Rateio do Prêmio (Terno) : R$ 103,02

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De: MARTINS

Data: 18/03/2015 13:50:40

18 Coisas que você não vê todos os dias

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Sabe quando você vê uma cena e percebe que é tão insana que não se vê todos os dias? Veja 18 delas.

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Enviado por: "Luiz" <luigigiaco@gmail.com>

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